Ambivalências liberal: Uma chave de interpretação para a experiência das comissões de anteprojeto e a subcomissão do Itamaraty

Autores/as

  • Paula Campos Pimenta InEAC-UFF

DOI:

https://doi.org/10.22409/conflu18i2.p493

Palabras clave:

liberalismo, ambivalência, Subcomissão do Itamaraty

Resumen

No presente artigo, procurou-se caracterizar a experiência liberal das primeiras décadas do século XX através da ideia de ambivalência. Fazê-lo permitiu problematizar as interpretações da história política do Brasil que a reduzem a resultado da atividade positiva (estatismo) ou negativa (liberalismo) do Estado. Identificou-se na natureza e na atividade da comissão convocada a produzir um projeto para pautar a atividade da Constituinte de 1933, a Subcomissão do Itamaraty, um ambiente em que a ambivalência liberal teve uma ocorrência clara. Através da leitura das atas da Subcomissão, procurou-se testar a hipótese da ambivalência e interpretar as operações de uma instituição que, nascida de um gesto autoritário, foi chave na defesa de valores liberais. 

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Biografía del autor/a

Paula Campos Pimenta, InEAC-UFF

Professora Substituta do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos - InEAC, da Universidade Federal Fluminense - UFF. Coordenadora de disciplina do Curso de Tecnólogo em Segurança Pública - UFF. Doutora em Ciências Sociais, PUC-Rio (2017). Mestre em Direito Constitucional, PPGDC-UFF (2014) e mestre em Ciência Política, IESP-UERJ (2010). Pós-graduada em Sociologia Política e Cultura, PUC-Rio (2008). Bacharel em Direito, Ibemec-Rio (2007). Suas linhas de pesquisa são, principalmente, Sociologia do Direito, Capitalismo e violência de Estado, Liberalismo no Pensamento Político Brasileiro e Ceticismo e Jurisprudência.

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Publicado

2016-08-31

Cómo citar

Pimenta, P. C. (2016). Ambivalências liberal: Uma chave de interpretação para a experiência das comissões de anteprojeto e a subcomissão do Itamaraty. Confluências | Revista Interdisciplinar De Sociologia E Direito, 18(2), 111-136. https://doi.org/10.22409/conflu18i2.p493