A CONSTITUTIONALIZATION OF ENVIRONMENTAL PROTECTION FACE OF CAPITALIST EXPLORATION OF NATURE

A BALANCE SHEET IN THE 30 YEARS OF THE 1988 FEDERAL CONSTITUTION

Authors

  • Juliana Vargas Palar Universidade Federal de Santa Maria
  • Maria Beatriz Oliveira da Silva Universidade Federal de Santa Maria
  • Thomaz Delgado de David Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcj.v0i0.632

Keywords:

capitalismo, constitucionalização, Constituição Federal de 1988, marxismo, proteção ambiental./ Keywords, capitalism, constitutionalization, Federal Constitution of 1988, marxism, environmental protection./Palabras clave, capitalismo...

Abstract

The legal protection of certain assets is related to the relevance they assume in a specific historical context. In this sense, the constitutionalization of environmental protection expresses an attempt to mitigate the effects of capitalist exploitation of nature, characteristic of modernity. However, while Law seeks environmental preservation, it presents structural limitations in achieving this scope. Thus, the present article sought to answer the following question: in what terms did the constitutionalization of environmental protection, operated by  the Federal Constitution of 1988, portray and affect the capitalist exploitation of nature? For this, it is used the dialectical approach method, based on a marxist theoretical matrix,  he method of historical procedure and the documentary research technique. Therefore, the objective was to analyze how the transformations in the relationship between human beings and nature, operated with the advent of capitalism, are portrayed in the Federal Constitution of 1988 and how the constitutionalization of environmental protection affects this relationship. Finally, it was possible to conclude that, the Constitution affects this relation, insofar it imposes limits to the management of nature by the human being. However, by acting in such way, it portrays capitalism as a sustainable socio-productive arrangement, a characteristic that is unfeasible in this social formation.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Juliana Vargas Palar, Universidade Federal de Santa Maria

Acadêmica do Curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Pesquisadora do Núcleo de Direito, Marxismo e Meio Ambiente (NUDMARX) dessa instituição. Bolsista de iniciação científica do Programa institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do CNPq.

Maria Beatriz Oliveira da Silva, Universidade Federal de Santa Maria

Doutora em Direito ambiental pela Université de Limoges (França). Professora do Curso de Direito e do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Coordenadora do Núcleo de Direito, Marxismo e Meio ambiente (NUDMARX) dessa instituição.

Thomaz Delgado de David, Universidade Federal de Santa Maria

Acadêmica do Curso de Direito da Universidade Franciscana (UFN) e do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Pesquisador do Núcleo de Direito, Marxismo e Meio ambiente (NUDMARX) dessa instituição. Bolsista de iniciação científica do Fundo de Incentivo à Pesquisa (FIPE) da UFSM.

References

AITA, Dimitri; SILVA, Maria Beatriz Oliveira da; DE DAVID, Thomaz Delgado. Imperialismo, desenvolvimento econômico e degradação ambiental: uma análise da crise ecológica sob a perspectiva dicotômica centro-periferia. Revista de Direito Econômico e Socioambiental, v. 8, n. 3, p. 457-480, 2017. Disponível em: <https://periodicos.pucpr.br/index.php/direitoeconomico/article/view/8678/22588>. Acesso em 29 jul. 2018.

AMARAL JUÌNIOR, Alberto do. Curso de Direito Internacional PuÌblico. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

ATINGIDOS por tragédia em Mariana ainda não forma indenizados de forma definitiva. Globo, [s.l], 28 de março de 2018. Disponível em: <http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/170843/afetados-pela-tragedia-em-mariana-mg-ainda-nao-for.htm>. Acesso em: 30 mar. 2018.

BAHIA, Carolina Medeiros. Princípio da proporcionalidade nas manifestações culturais e na proteção da fauna. Curitiba: Juruá, 2006.

BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. São Paulo: Saraiva, 2017.

BECHARA, Erika. A proteção da fauna sob a ótica constitucional. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2003.

BELLO, Enzo; SANTA, Allana Ariel Wilmsen Dalla. Capitalismo verde e crítica anticapitalista: ‘proteção ambiental” no Brasil. Revista Jurídica, Curitiba, v. 3, n. 48, p. 118-146, 2017. Disponível em: <http://revista.unicuritiba.edu.br/index.php/RevJur/article/view/2171>. Acesso em: 29 jul. 2018.

BENJAMIN, Antonio Herman. A constitucionalização do ambiente e ecologização da Constituição brasileira. In: CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato (org.). Direito constitucional ambiental brasileiro. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 77-150. Disponível em: <http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/40520>. Acesso em: 16 out. 2016.

BENJAMIN. Introdução ao direito ambiental brasileiro. Revista de Direito Ambiental, v. 4, n. 4, p. 48-82, abr./ jun. 1999. Disponível em: <http://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/93805>. Acesso em: 18 maio 2017.

BOTELHO, Tiago Resende. O reconhecimento do meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito humano e fundamental. DisponiÌvel em: <http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=ab73f542b6d60c4d>. Acesso em: 28 jul. 2018.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 07 jul. 2016.

BUENO, Igor Mendes; SILVA, Maria Beatriz da. Constituinte e lutas populares: o materialismo da constituição e as lutas pela constituinte exclusiva. Revista Culturas Jurídicas, Niterói, v. 1, n. 2, p. 243-266, 2014. Disponível em: <http://www.culturasjuridicas.uff.br/index.php/rcj/article/view/98/30>. Acesso em: 18 maio 2017.

BURKETT, Paul. Marx and nature: a red and green perspective. New York: St. Martin’s Press, 1999.

CALDAS, Camilo Onoda. A teoria da derivação do estado e do direito. São Paulo: Outras Expressões, 2015.

CANÁRIO, Pedro. Rosa Weber decide que, por ora, amianto é liberado onde não há lei contrária. Consultor Jurídico, São Paulo, 20 de dezembro de 2017. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-dez-20/rosa-weber-decide-amianto-liberado-onde-nao-lei-contraria>. Acesso em: 31 mar. 2018.

CANOTILHO, José Joaquim. Direito constitucional & Teoria da Constituição. Coimbra: Almedina, 2003.

CASTRO, Matheus Felipe de; MEZZAROBA, Orides. História ideológica e econômica das Constituições Brasileiras. Belo Horizonte: Arraes, 2015.

CNUMAH. Declaração de Estocolmo sobre o ambiente humano (1972). DisponiÌvel em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-de-estocolmo- sobre-o-ambiente-humano.html>. Acesso em: 28 jul. 2018.

FENSTERSEIFER, Tiago. Direito fundamentais e proteção do ambiente: a dimensão ecológica da dignidade humana no marco jurídico-constitucional do Estado Socioambiental de Direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.

FOLADORI, Guillermo. Marxismo e meio ambiente. Revista de CieÌ‚ncias Humanas, n. 25, p. 82- 92, 1999. DisponiÌvel em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/viewFile/23683/21275>. Acesso em: 29 jul. 2018.

FOSTER, John Bellamy. A ecologia da economia poliÌtica marxista. Revista lutas sociais, v.28, p. 87-103, 2012. DisponiÌvel em: <http://www.pucsp.br/neils/revista/vol.28/john-bellamy-foster.pdf>. Acesso em: 29 jul. 2018.

FREITAS, Rosana de Carvalho Martinelli; NEÌLSIS, Camila Magalhães; NUNES, LetiÌcia Soares. A criÌtica marxista ao desenvolvimento (in)sustentaÌvel. Revista KataÌlysis. v. 15, n. 1, p. 41-51, 2012. DisponiÌvel em: <http://www.scielo.br/pdf/rk/v15n1/a04v15n1>. Acesso em: 29 jul. 2018.

GONÇALVES, Alcindo; COSTA, JoseÌ Augusto Fontoura. Governança ambiental global:

possibilidades e limites. In: GRANZIERA, Maria Luiza Machado; REI, Fernando (Org.). Direito ambiental internacional. São Paulo: Atlas, 2015. p. 93-115.

HIRSCH, Joachim. Forma política, instituições políticas e Estado – I. Crítica Marxista, São Paulo, v. 1, n. 24, p. 9-36, 2007. Disponível em: <https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo212artigo1.pdf>. Acesso em: 22 dez. 2017.

HIRSCH, Joachim. Teoria materialista do Estado. Rio de Janeiro: Revan, 2010.

HOGAN, Daniel Joseph. População e meio ambiente: a emergência de um novo campo de estudos. In: HOGAN, Daniel Joseph. Dinâmica populacional e mudança ambiental: cenários para o desenvolvimento brasileiro. Campinas: Núcleo de Estudos de População, 2007. p. 13-57.

IPIRANGA, Ana Silva Rocha; GODOY, Arilda Schmidt; BRUNSTEIN, Janette. Introdução. RAM, Rev. Adm. Mackenzie (Online), São Paulo, v. 12, n. 3, p. 13-20, Jun. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712011000300002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 jul. 2018.

KASHIURA JUNIOR, Celso Naoto. Sujeito de Direito e Capitalismo. São Paulo: Outras Expressões, 2014.

MAGALHÃES, Juraci Perez. A evolução do direito ambiental no Brasil. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002.

MARX, Karl. O Capital. Vol. 1. São Paulo: Boitempo, 2013.

MASCARO. Estado e forma política. São Paulo: Boitempo, 2013.

MIAILLE, Michel. Direito constitucional e marxismo. Revista Culturas Jurídicas, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, 2015. Disponível em: <http://www.culturasjuridicas.uff.br/index.php/rcj/article/view/79>. Acesso em: 03 jul. 2017.

MOTA, Luiza Rosso; SILVA, Maria Beatriz Oliveira da; DE DAVID, Thomaz Delgado. O Direito Ambiental Internacional frente aos impactos causados pelo modo de produção capitalista técnico-científico-informacional: possibilidades e limites. In: CALGARO, Cleide; PEREIRA, Agostinho Oli Koppe; SOBRINHO, Liton Lanes Pilau (Org.). Direito socioambiental, consumo e novas tecnologias. Caxias do Sul: EDUCS, 2017. p.179-197.

POTT, Crisla Maciel; ESTRELA, Carina Costa. História ambiental: desastres ambientais e o despertar de um novo pensamento. Estudos Avançados, São Paulo, v. 31, n. 89, jan./apr. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142017000100271#B23>. Acesso em: 29 jul. 2018.

NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. 40. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.

NAZO, Georgette Nacarato; MUKAI, Toshio. O direito ambiental no Brasil: evolução histórica e a relevância do direito internacional do meio ambiente. Revista Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 224, p. 117-145, abr./jun. 2001. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/48313>. Acesso em: 29 jul. 2018.

ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). DisponiÌvel em: <http://www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2018.

PACHUKANIS, Evguiéni B. Teoria geral do direito e marxismo. São Paulo: Boitempo, 2017.

PALAR, Juliana Vargas; SILVA, Maria Beatriz Oliveira da; CARDOSO, Waleska Mendes. A natureza como portadora de valor intrínseco em uma formação social capitalista: reflexões a partir das relações histórico-materiais entre o ser humano e a natureza. Revista Culturas Jurídicas¸ Rio de Janeiro, v. 4, n. 8, p. 122-145. Disponível em: <http://www.culturasjuridicas.uff.br/index.php/rcj/article/view/382>. Acesso em: 29 jul. 2018.

PNUD. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (s.d.) Disponível em: <https://nacoesunidas.org/agencia/pnud/>. Acesso em: 27 jul. 2018.

PNUMA. Governança ambiental. Disponível em: <http://web.unep.org/regions/brazil/other/governan%C3%A7a-ambiental>. Acesso em: 28 jul. 2018.

PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1970.

PRESOTTI, Clarissa. Senado confirma legalização da grilagem de terras na Amazônia. WWF – Brasil, [s.l], 01 jun. 2017. Disponível em: <https://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?uNewsID=58402>. Acesso em: 31 mar. 2018.

RIBEIRO, Guilherme da S. Marx Ecológico? Uma crítica. Resenha de ‘A ecologia de Marx: materialismo e natureza” de John Bellamy. Ambiente & Sociedade, v. XIV, p. 245-248, 2011. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=31721024014>. Acesso em: 29 jul. 2018.

RODRIGUES, Eveline de Magalhães Werner. Constitucionalismo e proteção ambiental na América Latina: é possível proteger melhor? In: CANOTHILHO, José Gomes (org.). Direito constitucional ambiental brasileiro. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 476-498.

SANTOS, Milton. Por uma nova geografia: da criÌtica da geografia a uma geografia criÌtica. 6. ed. 2. reimpr. São Paulo: Edusp, 2012.

SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 12. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015.

SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER, Tiago. Algumas notas sobre a dimensão ecológica da dignidade da pessoa humana e sobre a dignidade da vida em geral. In: MOLINARO, Carlos Alberto; MEDEIROS, Fernanda Luiza Fontoura de; SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER, Tiago (Org.). A dignidade da vida e os direitos fundamentais para além dos humanos: uma discussão necessária. Belo Horizonte: Fórum, 2008. p. 175-205.

SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2005.

SILVA, JoseÌ Afonso. Direito ambiental constitucional. São Paulo: Malheiros, 1994.

SILVA, Maria Beatriz Oliveira da. Crise Ecológica e Crise(s) do Capitalismo: o Suporte da Teoria Marxista para a Explicação da Crise Ambiental. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v. 10, n. 19, p.115-132, jan./jun. 2013. Disponível em: <http://www.domhelder.edu.br/revista/index.php/veredas/article/view/313/345>. Acesso em: 01 maio 2017.

SILVA, Tagore Trajano de Almeida. Teoria da Constituição: direito dos animais e pós-humanismo. Revista do Instituto do Direito Brasileiro, Lisboa, ano 2, n. 10, p. 11683-11730, 2013. Disponível em: <http://www.cidp.pt/publicacoes/revistas/ridb/2013/10/2013_10_11683_11731.pdf>. Acesso em: 15 out. 2016.

UNESCO. Man and the biosphere (MAB) (s.d.). DisponiÌvel em: <https://www.unesco.de/fileadmin/medien/Dokumente/unesco-heute/uh2-07-p13- 15.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2018.

UNESCO. The biosphere conference 25 years later (1993). DisponiÌvel em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001471/147152eo.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2018.

UNESCO. UNESCO and arid zone research (1958). DisponiÌvel em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001488/148896eb.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2018.

WAINER, Ann Helen. Legislação ambiental brasileira: evolução histórica do direito ambiental. Revista de Informação Legislativa, Brasília, a. 30, n. 118, p. 191-206, abr./jun. 1993. Disponível em: < http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/176003>. Acesso em: 19 maio 2017.

WORLD COMMISSION ON ENVIRONMENT AND DEVELOPMENT. Report of the World Commission on Environment and Development: Our Common Future (1987). Disponível em: <http://www.un-documents.net/our-common-future.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2018.

Published

2019-02-26 — Updated on 2021-04-01

Versions