DESCOLONIZANDO PROCESSOS DE INSTITUCIONALIDADE EPISTÊMICA E NORMATIVA:
A BUSCA POR NOVO SENTIDO PLURAL DE CONVIVÊNCIA NO “COMUM”
Resumo
A proposta que será desenvolvida tem como problema delinear alguns elementos caracterizadores do privilégio epistemológico do Sistema Mundo/Capitalista/Patriarcal/ Moderno Colonial, determinantes da crise civilizacional/ecológica em tempos de narrativas fraturadas, esgotamentos de referenciais e políticas destrutivas. Como resposta, sugere-se imprimir diversidade epistêmica com a necessária reinstauração de marcos complexos, plurais e relacionais que possam promover a descolonização dos imaginários instituídos e o giro descolonial das estruturas de dominação rumo a um paradigma pluriversal/alternativo de convivência planetária/ecocêntrica. Tais assertivas permitem apresentar o objetivo geral: pensar transdisciplinarmente uma alternativa a esta civilização capitalista, patriarcal e colonial, marcada pela destruição da Vida, cujo critério, agora, seja a reprodução da vida nos horizontes da Biocivilização. Nesse intento, as lutas descolonizadoras para esse projeto incluem os parâmetros plurais de normatividade, articuladas em torno do princípio do Comum e da ética do cuidado, redefinindo a forma que se quer viver. O desenvolvimento teórico e sua problematização, compreendendo três momentos, implicará na escolha metodológica por abordagem qualitativa com perfil exploratório, através de técnicas de investigação bibliográfica em fontes nacionais e internacionais, refletindo as especificidades dos processos de descolonização de institucionalidades epistêmica, social e normativa sob o eixo condutor do princípio do “Comum”.