A PEDAGOGIA DAS MULHERES ZAPATISTAS COMO EXPRESSÃO DE SUA EPISTEMOLOGIA
práticas de insurgência, subversão e resistência
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v7i15.50990Palavras-chave:
Mulheres zapatistas, Pedagogia e epistemologia zapatista, Insurgência, Subversão, ResistênciaResumo
Os movimentos sociais — e especialmente o Ejército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) — podem ser fontes riquíssimas de diálogo e exemplos de ações de resistência contra diversas opressões causadas pelo sistema capitalista (e outros). A partir das lentes da antropologia, realizo uma abordagem dos processos de invisibilização e representação e evidencio a necessidade latente de transformação das estruturas de opressão, para isso trago o exemplo da pedagogia zapatista, baseada na experiência como significação do aprendizado. A pedagogia zapatista, como uma extensão de sua própria epistemologia, interage com as ideias de Paulo Freire, com a Educação Popular Feminista e com a Pedagogia Libertária, e assim constitui um caminho insurgente e subversivo de resistência antisistêmica.
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