A PEDAGOGIA DAS MULHERES ZAPATISTAS COMO EXPRESSÃO DE SUA EPISTEMOLOGIA

práticas de insurgência, subversão e resistência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/eg.v7i15.50990

Palavras-chave:

Mulheres zapatistas, Pedagogia e epistemologia zapatista, Insurgência, Subversão, Resistência

Resumo

Os movimentos sociais — e especialmente o Ejército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) — podem ser fontes riquíssimas de diálogo e exemplos de ações de resistência contra diversas opressões causadas pelo sistema capitalista (e outros). A partir das lentes da antropologia, realizo uma abordagem dos processos de invisibilização e representação e evidencio a necessidade latente de transformação das estruturas de opressão, para isso trago o exemplo da pedagogia zapatista, baseada na experiência como significação do aprendizado. A pedagogia zapatista, como uma extensão de sua própria epistemologia, interage com as ideias de Paulo Freire, com a Educação Popular Feminista e com a Pedagogia Libertária, e assim constitui um caminho insurgente e subversivo de resistência antisistêmica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joselaine Raquel Da Silva Pereira, Universidade Federal da Integração Latinoamericana

Mestranda pela Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-americanos (PPGIELA) na Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA) e bacharel em Antropologia e Diversidade Cultural Latino-americana pela mesma universidade.

Referências

BARBOSA, L. P. Epistemologias de Nosotras, Feminismos e Teoria da Selva na

construção do conhecimento: aportes das mulheres Zapatistas. Rev. Bras. Educ. Camp.

Tocantinópolis. v. 3. n. 4. p. 1128-1155. set./dez. 2018. ISSN: 2525-4863.

COLLINS, P. H. Espitemologia Feminista Negra. In: Joaze Bernardino-Costa; Nelson

Maldonado-Torres; Ramos Grosofoguel (orgs.). Decolonialidade e pensamento

afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019, p. 139-170.

CURIEL, O. Crítica pós-colonial a partir das práticas políticas do feminismo antirracista.

Revista de Teoria da História. v. 22, n. 2, p. 231-245, dezembro de 2019.

DANIEL, C. "Morena": A epistemologia feminista negra contra o racismo no trabalho de

campo. Humanidades e inovação. v. 6, n. 16, p. 23 – 34, 2019.

DARLING, V. I. La episteme zapatista: Otra forma de ver el mundo y hacer política.

Revista brasileira de ciências sociais. v. 35, n. 104, 2020.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São

Paulo: Paz e Terra, 1996.

HERRERO, Y. Economía feminista y economía ecológica, el diálogo necesario y urgente.

Revista de Economía Crítica, n. 22, segundo semestre de 2016.

HOOKS, B. Teoria feminista: da margem ao centro. São Paulo: Perspectiva, 2019.

LORDE, A. A Transformação do silêncio em linguagem e em ação. Centro de estudos

das relações de trabalho e desigualdades, 2019. Disponível em:

<https://ceert.org.br/noticias/historia-cultura-arte/26150/ensaio-inedito-da-pensadoraaudre-lorde-a-transformacao-do-silencio-em-linguagem-e-em-acao>. Acesso em: 17 de

jun. de 2021.

LUDMER, J. Literaturas postautónomas 2.0. Propuesta Educativa, n. 32, p. 41-45,

MORETTI, C. Z.; ROSA, G. R. Descautivar o pensamento pedagógico latino-americano:

(Des)colonização e (Des)patriarcalização a partir da crítica feminista. Rev. Bras. Educ.

Camp., Tocantinópolis, v. 3, n. 4, p. 1105-1127, set./dez. 2018.

ROSA, G. R.; MORETTI, C. Z. Epistemologias de “nosotras”: mulheres do campo, das

águas e das florestas. Rev. Bras. Educ. Camp., Tocantinópolis, v. 3, n. 4, p. i-v, set./dez.

SILVA MONTES, C. La escuela zapatista: educar para autonomía y la emancipación.

Revista de Educación Alteridad, v. 14, n. 1, p. 109-121, 2019.

Downloads

Publicado

2021-12-21

Como Citar

DA SILVA PEREIRA, J. R. A PEDAGOGIA DAS MULHERES ZAPATISTAS COMO EXPRESSÃO DE SUA EPISTEMOLOGIA: práticas de insurgência, subversão e resistência. Ensaios de Geografia, v. 8, n. 15, p. 31–46, 21 dez. 2021.