CORPO-ESPAÇO NA FLUIDEZ DA PAISAGEM
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v8i18.52092Palavras-chave:
Fluxos, Urbano, Paisagem, Cidade-corpoResumo
Para Milton Santos (2001) tudo aquilo que se vê, e que a visão alcança, é a paisagem, “[n]ão apenas formada de volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons, etc.” (p. 53). Pode-se compreender, então, a paisagem, como tudo aquilo que pode ser percebido, como tudo aquilo que pode ser sentido. No contexto urbano, a paisagem extrapola este conceito, uma vez que é construída, desconstruída e reconstruída constantemente pelos mesmos cidadãos que a vivenciam. Não obstante, considerar a paisagem como tudo o que pode ser percebido, e compreender que a paisagem urbana é construída pelos corpos é, além de tudo, enxergar esta paisagem como a expressão dos sentimentos da população que habita aquele espaço. Isso posto, revela um espaço misturado, vívido, tecido e em constâncias de movimentos, esboçando e construindo, nessa dinâmica, as paisagens urbanas.
Downloads
Referências
BERMAN, M. Tudo o que é sólido desmancha no ar. 7ª Edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
BRAGIONI, G; ARAÚJO, M. Corpo e espaço: uma reflexão dialética acerca do objeto de estudo da geografia. Revista Geografia, Literatura e Arte, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 49-64, 2020. DOI: 10.11606/issn.2594-9632.geoliterart.2020.168193. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/geoliterart/article/view/168193>. Acesso em: 12 nov. 2020.
LOPES, M. Condições de Possibilidade da Arrogância. In. Ensaios sobre a arrogância NEHCIT/EA UFMG, p 104 -.110, 2015 - Disponível em: <https://halshs.archives-ouvertes.fr/halshs-01236741/document>. Acesso em: 20 nov. 2020
CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2007.
CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2008.
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço. Tradução Carlos Szlak. Coordenação Antônio Carlos Robert Moraes. São Paulo: Annablume, 2005.
HISSA, C. A mobilidade das fronteiras. Belo Horizonte. UFMG. 2002.
HISSA, C.; NOGUEIRA, M. Cidade-corpo. Revista UFMG, Belo Horizonte, v. 20, n. 1, p. 54-77, jan./jun. 2013. Disponível em <https://www.ufmg.br/revistaufmg/downloads/20/3-cidade-corpo_cassio_hissa_e_maria_nogueira.pdf>. Acesso em: jul. 2020.
HISSA, C. E. V.; WSTANE, C. Cidades Incapazes. GEOgraphia, v. 11, n. 21, p. 85-100, 28 out. 2010. Disponível em: < https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2009.v11i21.a13572>. Acesso em: jul. 2020.
LEFEBVRE, H. Lógica formal/lógica dialética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1947.
PESSOA, F. Dois excertos de odes (Fins de duas odes, naturalmente). Poesias de Álvaro de Campos. (Lisboa, Ática, 1944). Disponível em: <http://arquivopessoa.net/textos/129>. Acesso em: 10 nov. 2020.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 2000.
SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado, fundamentos teórico e metodológico da Geografia. São Paulo: Hucitec, 1988.
SERPA, A. Milton Santos e a Paisagem: Parâmetros para a Construção de uma Crítica da Paisagem Contemporânea. Paisagem e Ambiente, [S. l.], n. 27, p. 131-138, 2010. DOI: 10.11606/issn.2359-5361.v0i27p131-138. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/paam/article/view/77376>. Acesso em: 1 dez. 2020.
WOOLF, V. Cenas Londrinas. – 3ª Edição, Tradução de Myriam Campello. Rio de Janeiro: José de Olympio, 2017.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Atribuição CC BY. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.