CORPO-ESPAÇO NA FLUIDEZ DA PAISAGEM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/eg.v8i18.52092

Palavras-chave:

Fluxos, Urbano, Paisagem, Cidade-corpo

Resumo

Para Milton Santos (2001) tudo aquilo que se vê, e que a visão alcança, é a paisagem, “[n]ão apenas formada de volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons, etc.” (p. 53). Pode-se compreender, então, a paisagem, como tudo aquilo que pode ser percebido, como tudo aquilo que pode ser sentido. No contexto urbano, a paisagem extrapola este conceito, uma vez que é construída, desconstruída e reconstruída constantemente pelos mesmos cidadãos que a vivenciam. Não obstante, considerar a paisagem como tudo o que pode ser percebido, e compreender que a paisagem urbana é construída pelos corpos é, além de tudo, enxergar esta paisagem como a expressão dos sentimentos da população que habita aquele espaço. Isso posto, revela um espaço misturado, vívido, tecido e em constâncias de movimentos, esboçando e construindo, nessa dinâmica, as paisagens urbanas.

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Biografia do Autor

Guido Lins Bragioni, Secret. de Estado de Educação (SEE/MG) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no Instituto de Geociências. Experiência em Geografia, com ênfase em análises da paisagem. Trabalha com produções fotográficas e de vídeos relacionados à aplicação de conceitos geográficos e também como professor de ensino básico de geografia. Áreas de Pesquisa: paisagem, geografia e arte, saberes e transdisciplinaridade, geografia humana, literatura e fotografia, geografia cultural.

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Publicado

2022-08-31

Como Citar

BRAGIONI, G. L. CORPO-ESPAÇO NA FLUIDEZ DA PAISAGEM. Ensaios de Geografia, v. 9, n. 18, p. 98-110, 31 ago. 2022.