MERLEAU-PONTY E O PRIMADO DO CORPO COMO EXPERIÊNCIA NASCENTE DA PAISAGEM
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v8i16.52286Palavras-chave:
Experiência, Fenomenologia existencial, Fenomenologia geográfica, PaisagemResumo
Neste artigo discutimos o corpo como o fio condutor ontológico para se despertar uma dimensão pré-objetiva da experiência-paisagem, trazendo uma reflexão originária de percepção da paisagem diante das múltiplas formas de abertura em si mesma em diálogo com as obras de Merleau-Ponty. Para o autor, o fundamento a priori de apreender o mundo sobre aquilo que vemos encerra uma dificuldade inerente a partir do momento que interrogamos a respeito do conhecimento desse olhar, o mundo e sobre nós. A paisagem, portanto, compreendida como aspecto visível e perceptível do espaço, é referência do fenômeno de ser-no-mundo, sendo o horizonte exterior que me faz ter a certeza indubitável de mim mesmo enquanto diferença específica. Nossa compreensão, em princípio, é desvelar este mundo circundante que acolhe o homem, como se une este momento vivido da paisagem como modo de ser da presença sublinhado como processo de significação e realização.
Downloads
Referências
ADORNO, T. Dialética do esclarecimento. Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
ALVIM, M. B. A ontologia da carne em merleau-ponty e a situação clínica na gestalt-terapia: entrelaçamentos. Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies, Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt Terapia de Goiânia, v. 17, n. 2, p. 143–151, 2011.
CAUQUELIN, A. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
DARDEL, E. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva, 2011.
HEIDEGGER, M. A origem da obra de arte. Tradução de Maria da Conceição Costa. Lisboa: Edições 70, 1991.
HEIDEGGER, M. Ser e tempo. Tradução de Marcia Sá Cavalcante Schuback. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
HEIDEGGER, M. Parmênides. Tradução de Sérgio Mário Wrublevski. Petrópolis: Vozes, 2008.
HOLZER, W. Um estudo fenomenológico da paisagem e do lugar: a crônica dos viajantes no Brasil do século XVI. 1998. Tese (Doutorado) — Tese (Doutorado em Ciências: Geografia Humana)–Faculdade de Filosofia . . . , 1998.
HUSSERL, E. Meditações cartesianas: introdução à fenomenologia. Tradução de Frank de Oliveira. São Paulo: Madras, 2001.
INWOOD, M. Dicionário Heidegger. Tradução de Luísa Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. (Dicionários de Filósofos).
JUNIOR, E. M. Heidegger e o pensamento fenomenológico em geografia: sobre os modos geográficos de existência. Geografia, v. 37, n. 1, p. 81–94, 2012.
LIMA, E. L. de. Do corpo ao espaço: Contribuições da obra de maurice merleau-ponty à análise geográfica. GEOgraphia, v. 9, n. 18, 2010.
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MERLEAU-PONTY, M. A natureza. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
MERLEAU-PONTY, M. O visível e o invisível. São Paulo: Perspectiva, 2000. (Coleção Debates: Filosofia).
MERLEAU-PONTY, M. Conversas-1948. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
MERLEAU-PONTY, M. O olho e o espírito. Tradução de Paulo Neves e Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Cosac e Naify, 2004.
SANTOS, M. Metamorfose do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da geografia. São Paulo: Hucitec, 1988.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Atribuição CC BY. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.