MERLEAU-PONTY E O PRIMADO DO CORPO COMO EXPERIÊNCIA NASCENTE DA PAISAGEM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/eg.v8i16.52286

Palavras-chave:

Experiência, Fenomenologia existencial, Fenomenologia geográfica, Paisagem

Resumo

Neste artigo discutimos o corpo como o fio condutor ontológico para se despertar uma dimensão pré-objetiva da experiência-paisagem, trazendo uma reflexão originária de percepção da paisagem diante das múltiplas formas de abertura em si mesma em diálogo com as obras de Merleau-Ponty. Para o autor, o fundamento a priori de apreender o mundo sobre aquilo que vemos encerra uma dificuldade inerente a partir do momento que interrogamos a respeito do conhecimento desse olhar, o mundo e sobre nós. A paisagem, portanto, compreendida como aspecto visível e perceptível do espaço, é referência do fenômeno de ser-no-mundo, sendo o horizonte exterior que me faz ter a certeza indubitável de mim mesmo enquanto diferença específica. Nossa compreensão, em princípio, é desvelar este mundo circundante que acolhe o homem, como se une este momento vivido da paisagem como modo de ser da presença sublinhado como processo de significação e realização.

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Biografia do Autor

Lucas Kaliel Tavares de Souza e Souza, Universidade da Amazônia

Graduado em Licenciatura Plena em Geografia da Universidade da Amazônia (UNAMA), tem interesse na área de Geografia Urbana e Cotidiano.

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Publicado

2022-05-02

Como Citar

SOUZA, L. K. T. DE S. E; SOUZA, R. MERLEAU-PONTY E O PRIMADO DO CORPO COMO EXPERIÊNCIA NASCENTE DA PAISAGEM. Ensaios de Geografia, v. 8, n. 16, p. 98-123, 2 maio 2022.