Apontamos para geografias interseccionais
anarco(trans)feminismo, corpo e corporeidade em uma perspectiva decolonial
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v8i17.52306Palavras-chave:
Anarquismo, Geografias Feministas, CisgeneridadeResumo
Compreendemos que a interseccionalidade enquanto marco conceitual e proposta política, tem um potencial em desvelar marcadores sociais sobrepujados, garantindo singularidade para a pluralidade de existências de sujeitos-coletivizados. Propomos aqui neste ensaio capturar nas teorizações anarco(trans)feministas outros matizes da interseccionalidade que sirvam para fazermos geografias (críticas) decoloniais e feministas, para tanto, elegemos o anarquismo como ideologia e corpo e corporeidade como categorias geográficas para nossa discussão. A despeito de como desenhamos este texto, é em uma metodologia cartográfica, neste sentido, somos guiados e perturbados pelas várias vozes de autoras/es que aqui ecoam. Por fim, ensaiamos construir traços e esboços entre as interseccionalidades anarquistas, a decolonialidade em Vergueiro (2018) e a(s) Geografia(s) do corpo e corporeidades.
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