SAÍDAS A CAMPO

uma metodologia para formação humana integral

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/eg.v9i20.56422

Palavras-chave:

Trabalho de campo, Omnilateral, Ensino Médio Integrado, Transformação Social

Resumo

Este artigo é parte da pesquisa vinculada a dissertação de Mestrado Profissional, tendo como objetivo demonstrar criticamente que as saídas a campo são proporcionadoras de uma formação humana integral. Assim, tomou-se como referência para análise, as percepções dos professores de Geografia do Ensino Médio Integrado, sobre Saídas a Campo contribuintes para uma Formação Humana Integral. A metodologia adotada foi pesquisa qualitativa com revisão bibliográfica e a coleta de dados por meio de questionário online, além da aplicação da análise temática na compreensão dos resultados da pesquisa. Os resultados concluem que a saída a campo visa a um posicionamento crítico frente à realidade encontrada, contribui para uma formação humana integral e omnilateral na perspectiva da tomada de consciência. A função formadora das saídas a campo, como metodologia do ensino de Geografia, participa na transformação social e na formação para o mundo do trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adrimar Mariana Machado dos Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ campus Mesquita)

Discente do PPGEPT do IFRJ campus Mesquita. Especialista em Gestão Educacional pela Pós-graduação da FAPI - Faculdade de Pinhais (2014-2017). Graduada em Geografia pela Universidade Federal Fluminense - Licenciatura (2002-2006) e Bacharelado (2006-2009). Desde 2008, atua na área de Docência em Geografia no Ensino Fundamental II e Ensino Médio da rede Estadual do Rio de Janeiro (SEEDUC). Atuando também com os seguintes temas: Sustentabilidade, Meio Ambiente, Biodiversidade, Impactos Ambientais e Reciclagem.

Chrystian Carlétti, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ campus Mesquita)

Doutor em Ensino em Biociências e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (2016), Mestre em Ensino em Biociências e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (2008) e Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Fluminense (2005). Professor de Biologia e Popularização da Ciência no Campus Mesquita do IFRJ. Pesquisador e docente permanente no programa de Pós-Graduação em rede Stricto Sensu em Educação Profissional e Tecnológica do IFRJ. Desenvolve pesquisa na área de educação profissional e tecnológica, mediação em centros e museus de ciência, educação não formal, divulgação científica e popularização da ciência. Atualmente em Colaboração Técnica no Campus Vila Velha do IFES.

Referências

ALVES, V. Trabalho de campo: uma ferramenta do geógrafo. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 1, n. 2, p. 85-89, 19 dezembro 1997. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.1997.123246>. Acesso em: 30 ago. 2022.

ARAÚJO, R. M. de L.; FRIGOTTO, G. Práticas pedagógicas e ensino integrado. Revista Educação Em Questão, v. 52, n. 38, p. 61-80, 15 agosto 2015. Disponível em <https://doi.org/10.21680/1981-1802.2015v52n38ID7956>. Acesso em: 30 set. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Brasília; DF: 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997. Regulamenta o §2.º do artigo 36 e os artigos 39 a 42 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF: Presidência da República, 1997a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2208.htm. Acesso em: 20 out. 2022.

BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5154.htm. Acesso em: 1 nov. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

BRASIL. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 5 DE JANEIRO DE 2021. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica. Brasília, DF, 2021.

CAMPOS, C. R. P. A Saída a Campo como Estratégia de Ensino de Ciências. Revista Eletrônica Sala de Aula em Foco, ISSN 2316-7297 – v. 1, n. 2, p. 25-30, 4 novembro 2021. Disponível em <https://doi.org/10.36524/saladeaula.v1i2>. Acesso em: 10 mar. 2022.

CAMPOS, C. R. P. (org.). Aulas de campo para alfabetização científica: práticas pedagógicas escolares. Vitória: Ifes, v. 6, 2015. 284p.

CARVALHO, M. P., MACHADO, J. E. W. Conhecendo as potencialidades educativas da cidade de Cariacica/ES: Uma prática pedagógica de educação patrimonial. In: CAMPOS, R. P. C. (Org.). Aulas de campo para alfabetização científica: práticas pedagógicas escolares. Vitória: Ifes, v. 6, 2015. p. 159-173.

CIAVATTA, M. Ensino Integrado, a Politecnia e a Educação Omnilateral: por que lutamos? Revista Trabalho & Educação, v. 23, n. 1, p. 187–205, 18 abril 2014. Disponível em: <https://seer.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/9303>. Acesso em: 15 ago. 2021.

CORREA, R. L. Trabalho de campo e globalização. Colóquio O discurso Geográfico na Aurora do século XXI. Programa de pós-graduação em Geografia - UFSC. Florianópolis: 27-29 de novembro de 1996.

CORRÊA FILHO, J. J. Aula de Campo: como planejar, conduzir e avaliar? Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. 123p.

COSTA, R. O trabalho de campo na pesquisa. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 2, n. 1, p. 101-106, 7 dezembro 1998. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.1998.123288 >. Acesso em: 28 ago. 2022.

COUTINHO, M. C. Metodologia de Investigação de Ciências Sociais e Humanas: Teoria e Prática. Coimbra: Almedina, 2018. 421p.

CRUZ, R. de C. A. da. Os caminhos da pesquisa de campo em geografia. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), v. 1, n. 1, p. 93-97, 24 abril 1997. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.1997.123230>. Acesso em: 30 set. 2020.

FERREIRA, M. A. Aula de campo como instrumento da educação ambiental: uma experiência inovadora no Rio Apodi-Mossoró. 2019. 97f. Dissertação (Mestrado ProfEPT) – Instituto Federal do Rio Grande do Norte – Campus Mossoró, Mossoró, 2019.

FONTOURA, Helena Amaral. Tematização como proposta de análise de dados na pesquisa qualitativa. In: FONTOURA, H. A. (Org.) Formação de professores e diversidades culturais: múltiplos olhares em pesquisa. Niterói: Intertexto, 2011. p. 61-82.

FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M.; RAMOS, M. (Orgs.). Ensino médio integrado: concepção e contradições. 1.ed. São Paulo: Cortez, 2005. 88p.

FRIGOTTO, G. A interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas ciências sociais. Ideação, v. 10, n. 1, p. 41-62, 29 setembro 2010. Disponível em: < https://doi.org/10.48075/ri.v10i1.4143>. Acesso em: 15 mai. 2021.

FRIGOTTO, G. Projeto societário, ensino médio integrado e educação profissional: o paradoxo da falta e sobra de jovens qualificados. In: FRIGOTTO, G. (Org.). Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: relação com o ensino médio integrado e o projeto societário de desenvolvimento. Rio de Janeiro: UERJ, LPP, 2018. p. 41-62.

JACOBUCCI, D. F. C. Contribuições dos espaços não-formais de educação para a formação da cultura científica. Revista Em Extensão, v. 7, n. 1, p. 55-66, 5 novembro 2008. Disponível em: <https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/20390>. Acesso em: 9 set. 2022.

KUENZER, A. Z. Trabalho e escola: a aprendizagem flexibilizada. In: Reunião Científica Regional da ANPED – XI ANPED SUL. Curitiba/PR. Anais. Curitiba: Anped Sul, 2016. p. 1 – 22. Disponível em: http://www.anpedsul2016.ufpr.br/portal/wpcontent/ uploads/2015/11/Eixo-21-Educaçao-e-Trabalho.pdf. Acesso em:13 mai. 2021.

LIMA, I. Uma Geografia emocional antirracista na sala de aula. Giramundo, v. 7, n. 14, p. 13-28, jul/dez 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.33025/grgcp2.v8i14.3170>. Acesso em: 30 set. 2022.

LOPES, C. S.; PONTUSCHKA, N. N. Estudo do meio: teoria e prática. Geografia (Londrina), v. 18, n. 2, p. 173-191, 14 dezembro 2009. Disponível em: < https://doi.org/10.5433/2447-1747.2009v18n2p173>. Acesso em: 14 jan. 2021.

MAFRA, M. V. P.; FLORES, D. A. C. Trabalho de Campo no Ensino da Geografia na Educação Básica: Dificuldades e Desafios para os Professores. Revista de Ensino de Geografia, v. 8, n. 15, p. 6-16, jul/dez 2017. Disponível em: <http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/edicao-15.php>. Acesso em: 21 jul. 2021.

MARQUES, A. C. S. et al. Trabalho de campo enquanto Metodologia Inclusiva: Estudo de Caso sobre inclusão de um aluno portador de atrofia muscular. In: VII Congresso Brasileiro de Geógrafos. Vitória/ES. Anais. Vitória: CGB, 2014. p. 1-11. Disponível em:<http://www.cbg2014.agb.org.br/site/anaiscomplementares?AREA=5>. Acesso em: 3 set. 2021.

NASCIMENTO, F. N.; SGARBI, A. D. Educação Ambiental Crítica em Ambientes Costeiros do Estado do Espírito Santo. In: CAMPOS, R. P. C. (Org.). Aulas de campo para alfabetização científica: práticas pedagógicas escolares. Vitória: Ifes, v. 6, 2015. p. 77-104

RAMOS, M. N. Concepção do ensino médio integrado. In: Encontro Intercampi de Educação Profissional-EIEP, 1, Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro: CEFET, 2017. p. 1 – 30. Disponível em: https://tecnicadmiwj.files.wordpress.com/2008/09/texto-concepcao-do-ensino-medio-integrado- marise-ramos1.pdf. Acesso: 18 jul. 2021.

RAMOS, M. N. História e política da educação profissional. 1ª ed. Coleção Formação Pedagógica. Volume V. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2014. 121p.

SANSOLO, D. G. O trabalho de campo e o ensino de geografia. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 4, n. 1, p. 135-145, 6 junho 2000. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2000.123409 >. Acesso em: 28 ago. 2022.

SANTOS, A. F. L. dos.; REINALDO, L. R. L. R.; BURITI, M. M. dos S. Abordagem teórico-metodológica do componente físico-natural solo na formação continuada e a construção da prática docente na educação básica. Ensaios de Geografia, v. 9, n. 18, p. 12-40, 31 agosto 2022. Disponível em: <https://doi.org/10.22409/eg.v8i18.50270>. Acesso em: 10 out 2022.

SANTOS, M. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4. ed. 2. reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006. 259p.

SANTOS, M. Espaço e método. 5. ed. 3. reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020. 120p.

SAVIANI, D. Trabalho e Educação: fundamentos ontológicos e históricos. Revista Brasileira de Educação, v. 12, n. 34, p. 152-165, 16 maio 2007. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-24782007000100012>. Acesso em: 30 abr. 2021.

SCHWANTES, J. O trabalho em campo no ensino da Botânica nos cursos de Ciências Biológicas: contribuições para o processo de ensino voltado para a educação ambiental. 2008. 72f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) – Universidade Luterana do Brasil, Canoas, RS, 2008.

SILVA, A. Natureza do trabalho de campo em geografia humana e suas limitações. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), v. 1, p. 49-54, 10 novembro 1982. Disponível em: < https://doi.org/10.7154/RDG.1982.0001.0003>. Acesso em: 30 set. 2020.

SUERTERGARAY, D. M. A. Pesquisa de campo em geografia. GEOgraphia, v. 4, n. 7, p. 64-68, 21 setembro 2009. Disponível em: <https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2002.v4i7.a13423>. Acesso em: 30 set. 2022.

VASCONCELOS, R. M. O. T. Um olhar sobre a prática docente no ensino médio integrado em uma unidade da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica em Pernambuco. 2014. 188f. Dissertação (Mestrado em Educação Contemporânea) – Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, 2014.

VÁZQUEZ, A. S. Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.

VIVEIRO, A; DINIZ, R. E. S. Atividades de campo no ensino das ciências e na educação ambiental: refletindo sobre as potencialidades desta estratégia na prática escolar. Ciência em tela, v. 2, n. 1, p. 1-12, 2009. Disponível em: <http://www.cienciaemtela.nutes.ufrj.br/artigos/0109viveiro.pdf >. Acesso em: 30 set. 2021.

Downloads

Publicado

2023-04-30

Como Citar

SANTOS, A. M. M. DOS; CARLÉTTI, C. SAÍDAS A CAMPO: uma metodologia para formação humana integral. Ensaios de Geografia, v. 9, n. 20, p. 12-39, 30 abr. 2023.