Borbulhos cortantes na Geografia escolar
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v12i25.65989Palavras-chave:
Geografia, Ensino, Políticas Educacionais, NeoliberalismoResumo
Este estudo tem a intenção de refletir como as políticas neoliberais permeiam o espaço educacional por meio de práticas que sujeitam e dominam os territórios vividos pelos estudantes. O objetivo deste trabalho é propor um exercício de pensamento que protagonize uma Geografia capaz de contribuir para a apropriação de territórios vividos pelos estudantes a ponto de transformá-los em lutas sociais. O caminho trilhado para essa intencionalidade foi traçado em solo teórico dos estudos pós-estruturalistas em educação, os quais não seguem procedimentos lineares e rígidos, eles se mantêm abertos para que os próprios caminhos da pesquisa possam desenhar trajetórias apresentadas durante o processo investigativo sobre experiências escolares. A discussão está dividida em dois eixos: primeiro é sobre a escola como território para ensinar Geografia e o segundo aborda os impactos das recentes políticas educacionais no ensino da Geografia. Embora distintos, ambos os eixos convergem para posicionar a Geografia como a ciência capaz de expandir novos horizontes e construir conhecimentos que impulsionem a transformação social.
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