E DAÍ?
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v5i9.42921Resumen
Diante de toda a surrealidade imposta pelo ano de 2020, senti que era o momento de desabafar um pouco em forma de charge. A pandemia afeta a todos de formas diferentes. O meu caso, em específico, como autor de Histórias em Quadrinhos e Ilustrador, o chamado “home office” não é algo estranho e nem fora da rotina. Mas os meses foram passando...A postura irresponsável do então ocupante do cargo máximo do poder executivo brasileiro, traduzida em um “E DAÍ?”, diante da constatação de mais de oito mil mortes (naquele momento), mesmo perante o caos e o colapso da saúde pública do país, foi o estopim para esta pintura.
Devo confessar que a ideia não foi original. Diversos amigos Caricaturistas e Chargistas já haviam representado o presidente e sua total falta de empatia diante das mortes, mas eu senti que também precisava fazer. e, no momento, me senti bem. A charge não precisa necessariamente trazer o riso, e, riso nem sempre é algo leve. O humor pode ser simplesmente a nossa incredulidade de fronte aos absurdos. O que fica é o meu repúdio e um questionamento:
como poderemos lidar com tantos despropósitos e todos agirmos de maneira responsável e cidadã, buscando passar por esta crise, sem este custo absurdo de perdas de vidas?
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Publicado
2020-05-29
Cómo citar
BARTHOLO, M. E DAÍ?. Ensayos de Geografía, v. 5, n. 9, p. 180-181, 29 may 2020.
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