MULTIMODALIDADE EM IMPRESSO PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ANÁLISE DE UM COMPONENTE DA CAMPANHA “#MOSQUITONÃO”
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2020.v13i2.a29546Resumo
As campanhas sanitárias objetivam sensibilizar a população para o cuidado com a saúde, desta forma, esse tipo material encontra-se imerso no âmbito da Educação em Saúde, tendo o professor como agente mediador em potencial. Portanto, é imperativo pesquisar a respeito dos impressos que compõem as campanhas sanitárias, considerando-os como multimodais, uma vez que aglutinam diversos modos semióticos em sua composição, carecendo de uma metodologia de análise que possibilite essa compreensão. A partir disso, este trabalho objetivou analisar um texto multimodal da campanha “#MosquitoNão” considerando seu uso educacional. A análise foi realizada a partir das funções linguístico-semióticas da Gramática do Design Visual, que proporcionou a compreensão do todo composto pela interação verbal-visual. A análise do impresso possibilitou enxergar algumas problemáticas em sua construção: transferência de responsabilidade sobre o combate do Aedes aegypti para a população, demarcando uma omissão do sujeito produtor (Governo Federal Brasileiro) ; estratégias de convencimento pautadas no medo ao invés de construir o argumento em torno de conceitos biológicos, como o de ciclo de vida, podendo dificultar a compreensão do sujeito leitor interativo do porque é importante proceder a eliminação dos potenciais criadouros do mosquito a cada sete dias; necessidade inerente de que o material seja complementado durante seu uso. Todas essas problemáticas abrem margem para a construção de um diálogo mais aprofundado a respeito da necessidade de oportunizar letramentos multimodais para educadores em saúde, visto que apenas com profissionais aptos a ler textos multimodais é que será possível a este educador observar suas lacunas para então preenche-las.
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