O desejo do psicanalista como operador ético da psicanálise

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v32i1/5628

Palavras-chave:

ética da psicanálise, transmissão da psicanálise, desejo do psicanalista

Resumo

Neste artigo, resultado de estudos realizados no doutorado e pós-doutorado, é investigada, no ensino de Lacan, a participação e importância do psicanalista (e de seu desejo) como o agente (suporte do objeto a) que opera a ética da psicanálise. Com o objetivo de aprofundar as relações dessa ética (suas premissas e princípios) ao proceder do psicanalista – sua escuta e atos –, merece destaque a expressão usada por Lacan: o desejo do psicanalista. Esta expressão nos mostrou haver uma consistência elementar entre o campo da ética e a operacionalização da psicanálise por meio de seu agente/suporte transferencial, o psicanalista, durante a condução do tratamento, naquilo que o próprio Lacan formulou, em seu ensino, como essencial à formação do psicanalista: a psicanálise em intensão. Lateralmente, são abordadas expressões correlatas, e nem por isso sem importância, no campo da ética da psicanálise: o ato do psicanalista, o discurso do psicanalista e o saber do psicanalista.

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Biografia do Autor

Júlio Eduardo de Castro, Universidade Federal de São João Del-Rei, São João Del Rei, MG

É psicanalista e professor titular aposentado da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Minas Gerais, mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, doutorado em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutorado em Psicologia pela PUC-Minas (2012).

Referências

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Publicado

2020-02-29

Como Citar

CASTRO, J. E. DE. O desejo do psicanalista como operador ético da psicanálise. Fractal: Revista de Psicologia, v. 32, n. 1, p. 12-20, 29 fev. 2020.

Edição

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