“Desaprender 8 horas por dia”
psicologia e saúde indígena
DOI:
https://doi.org/10.22409/1984-0292/v33i3/5846Parole chiave:
saúde indígena, Sistema Único de Saúde, Psicologia SocialAbstract
Este texto é uma cartografia a partir de minhas experiências como docente de Psicologia e como trabalhadora da atenção e da gestão do Sistema Único de Saúde com os povos Kaiowá e Guarani da região de Dourados – Mato Grosso do Sul. As Ciências Humanas e Sociais e a Saúde Coletiva possuem acúmulos significativos sobre as inúmeras violências e as violações de direitos dos povos indígenas do Brasil. Mas uma pergunta continua sem resposta: até quando? A qualificação do Sistema Único de Saúde e o fortalecimento da saúde como direito de cidadania, em especial na construção de uma Saúde Indígena que respeite, de forma radical, os saberes e as práticas tradicionais, acarretam muitas desaprendizagens à Psicologia e aos demais trabalhadores do e pelo Sistema Único de Saúde. Dentre os inúmeros desafios e incertezas, é urgente reaprender a viver com os povos tradicionais e construir enfrentamentos coletivos às práticas biopolíticas de medicalização e aprisionamento da vida.
Downloads
Riferimenti bibliografici
BOM MEIHY, J. C. S. Canto de Morte Kaiowá. São Paulo: Loyola, 1991.
BECKER, S., OLIVEIRA, E.; MARTINS, C. P. “Onde fala a bala, cala a fala”: resistências às políticas da bancada da Bala, do Boi e da Bíblia em Mato Grosso do Sul. Dourados, 2016. Disponível em: <http://www.redehumanizasus.net/94812-onde-fala-a-bala-cala-a-fala>. Acesso em: 19 março 2016.
CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO (CIMI). Relatório Violência contra os povos indígenas no Brasil – dados de 2011. Brasília - DF: CIMI, 2011.
______. As violências contra os povos indígenas em Mato Grosso do Sul e as resistências do Bem Viver por uma Terra Sem Males - dados de 2003 – 2010. Brasília - DF: CIMI, 2011b.
______. Relatório Violência contra os povos indígenas no Brasil – dados de 2013. Brasília - DF: CIMI, 2013.
______. Relatório Violência contra os povos indígenas no Brasil – dados de 2015. Brasília - DF: CIMI, 2015.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs - Capitalismo e Esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1997.
DUPRAT, D. A reserva de Dourados... 2010. Disponível em: <http://pr-ms.jusbrasil.com.br/noticias/2486893/deborah-duprat-vice-pgr-a-reserva-de-dourados-e-talvez-a-maior-tragedia-conhecida-na-questao-indigena-em-todo-o-mundo>. Acesso em: 10 setembro 2011.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Os indígenas no Censo Demográfico 2010: primeiras considerações com base no quesito cor ou raça. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: <http://indigenas.ibge.gov.br/images/indigenas/estudos/indigena_censo2010.pdf>. Acesso em: 10 março 2016.
GUATTARI, F. As Três Ecologias. Campinas: Papirus, 1990.
LANGDON, E. J. Os diálogos da antropologia com a saúde: contribuições para as políticas públicas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 4, p. 1019-1029, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n4/1413-8123-csc-19-04-01019.pdf>. Acesso em: 12 janeiro 2016.
______. Saúde e povos indígenas: os desafios na virada do século. 1999. Disponível em: <http://www.cfh.ufsc.br/nessi/Margsav.htm>. Acesso em: 19 maio 2016.
PELBART, P. P. Manicômio mental - a outra fase da clausura. In: ______. Saúdeloucura. São Paulo: Hucitec, 2001. p. 131-138
PEREIRA, L. M. Mobilidade e processos de territorialização entre os Kaiowá atuais. Revista História em Reflexão - UFGD, Dourados, v. 1 n. 1, jan./jun. 2007. Disponível em: <http://www.ufgd.edu.br/historiaemreflexao/jan_jun_2007/artigos/mobilidade-e-processos-de-territorializacao-entre-os-kaiowa-atuais>. Acesso em: 19 outubro 2015.
RANGEL L. H. Vulnerabilidade, racismo e genocídio. In. _______. Relatório Violência contra os povos indígenas no Brasil – dados de 2011. Brasília: CIMI, 2011. p. 12-15.
SANTOS, B. S. Contra o desperdício da experiência, para enxergarmos as experiências que estão mudando o mundo e a ordem das coisas. 2002. Disponível em: <http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/pdfs/Sociologia_das_ausencias_RCCS63.PDF>. Acesso em: 10 janeiro 2015.
SOUZA, A. Entre discursos e territorialidades: uma análise antropológica das práticas institucionais no Hospital Universitário da Grande Dourados - MS. Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2016.
VIVEIROS DE CASTRO, E. Todo mundo é índio exceto quem não é. Disponível em: <https://pib.socioambiental.org/files/file/PIB_institucional/No_Brasil_todo_mundo_%C3%A9_%C3%ADndio.pdf>. Acesso em: 14 maio 2013.
______. Povos Indígenas: Os involuntários da pátria. Aula pública. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/554056-povos-indigenas-os-involuntarios-da-patria>. Acesso em: 10 setembro 2016.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2022 Catia Paranhos Martins
TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Na medida do possível segundo a lei, a Fractal: Revista de Psicologia renunciou a todos os direitos autorais e direitos conexos às Listas de referência em artigos de pesquisa. Este trabalho é publicado em: Brasil.
To the extent possible under law, Fractal: Revista de Psicologia has waived all copyright and related or neighboring rights to Reference lists in research articles. This work is published from: Brasil.