Epistemologia do traduzir: normas de uso e sua descrição 'a parte post'

Autores/as

  • Paulo Oliveira Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v24i49.34106

Palabras clave:

Teoria da Tradução, Gideon Toury, Wittgenstein.

Resumen

Discutem-se aqui traços fundamentais das condições de possibilidade para ato tradutório, como reflexão teórica de cunho pragmático e perspectivista, entre o essencialismo da tradição e o relativismo pós-moderno. Tais aspectos remetem a uma epistemologia do traduzir tributária, dentre outros, da epistemologia do uso desenvolvida por Arley Moreno a partir da terapia conceitual de Ludwig Wittgenstein e da noção de estilo de Gilles Gaston Granger. A discussão parte do conceito de normas tradutórias de Gideon Toury e duas críticas que lhe foram dirigidas, sob diferentes perspectivas: (1) sociologia da tradução; (2) desconstrução. Pano de fundo argumentativo é o entendimento de que a abordagem de Toury é plenamente compatível com a concepção de linguagem do Wittgenstein tardio, não somente na aplicação da noção wittgensteiniana de semelhanças de família ao campo da tradução, mas também na forma como mobiliza o conceito de norma subjacente ao uso que se quer descrever. Defende-se que as normas tradutórias no sentido de Toury explicitam o caráter a parte post que Granger atribui aos fenômenos do estilo e que Moreno investiga na função transcendental da linguagem. Por fim, sugere-se que os polos adequação vs. aceitabilidade na proposta de Toury revelam dois momentos lógicos no processo tradutório: analogia inicial (entre o que é diferente) e acomodação digital na chegada.

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Biografía del autor/a

Paulo Oliveira, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Formou-se em Letras e Linguística (Neolatinas e Germânicas), com graduação/mestrado pela Georg-August-Universität Göttingen / Alemanha (1984), com dissertação sobre Análise do Filme. É Docente do Centro de Ensino de Línguas da Universidade Estadual de Campinas (CEL/Unicamp) desde 1988, onde já foi Diretor Associado (1990-92) e Diretor (2000-2002 / 2002- 2004). Foi Presidente da Associação Brasileira de Associações de Professores de Alemão (ABRAPA: 1993-97) e responsável pela revista Projekt (1994-98). Fez estágios de pesquisa de pós- -doutorado junto aos Institutos de Filosofia da Universidade de Graz (Áustria, 2005, com bolsa FAPESP) e da Universidade Técnica de Berlin (2015). Desenvolve pesquisas nas áreas de Ensino de Línguas (Autonomia do Aprendiz, Ensino a Distância, Produção de Material Didático), Tradução e Interpretação (foco em Literatura, Cinema e Televisão) e Filosofia da Linguagem. No CNPq, é membro dos Grupos de Pesquisa "Filosofia da Linguagem e do Conhecimento", "MultiTrad - Abordagens Multidisciplinares da Tradução" e "Estética, Subjetividade, Cultura, Educação" (2º líder). É membro da Associação Paulista de Professores de Alemão e da Associação Brasileira de Germanística (ABEG), atuando no programa de pós-graduação (Mestrado) da Área de Língua e Literatura Alemã da USP desde 2014, sendo membro do quadro permanente desde 2017. Foi diretor da Associação de Docentes da Unicamp (ADunicamp)

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Publicado

2019-08-27

Cómo citar

Oliveira, P. (2019). Epistemologia do traduzir: normas de uso e sua descrição ’a parte post’. Gragoatá, 24(49), 573-597. https://doi.org/10.22409/gragoata.v24i49.34106