Rhymes of resistance

political ideas in the rap of Preta Lu

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v15i28.65561

Keywords:

Feminine Rap, Political Ideas, Resistance

Abstract

The article explores Rap as a cultural and political element of Hip Hop, highlighting it as a vehicle of resistance and expression for Black and peripheral youth. Focusing on São Luís, Maranhão, the analysis centers on the EP “Rainhas Rebeladas” (2016) by rapper Preta Lu, whose lyrics articulate critiques of racism, sexism, and socioeconomic inequalities. Rap is understood as an expression of the African diaspora, influenced by Afro-American and Caribbean traditions, situating it as a form of subaltern intellectuality aligned with Edward Thompson (1981) and his concept of "experience." We present the possibility of using Rap lyrics as historical sources, based on Reinhart Koselleck (2006) and his theory of "spaces of experience" and "horizons of expectation," as well as Karel Kosik’s (1995) historical dialectics. Preta Lu's trajectory emphasizes her engagement with the Quilombo Urbano Movement and the Preta Anastácia Women’s Nucleus, framing her activism as the foundation for her compositions, supported by Ângela Davis (2016) and Sueli Carneiro (2011), who address the intersectionality of race, class, and gender. The EP “Rainhas Rebeladas” is analyzed through its four tracks, highlighting themes such as female empowerment, structural racism criticism, social inequalities, and peripheral resistance. Preta Lu's work is interpreted as a praxis of resistance, blending art and activism, proposing social transformations through narratives that recover marginalized historical and cultural experiences. We conclude by emphasizing the importance of expanding the history of women in Rap in São Luís, addressing gaps and recognizing contributions from figures like Preta Lu to historiography and political mobilization.

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Author Biographies

  • Antônio Ailton Penha Ribeiro, Universidade Federal do Maranhão

    Doutorando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Mestre em História pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

  • Victor de Oliveira Pinto Coelho, Universidade Federal do Maranhão

    Doutor em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Pós-doutorado pela Universitat de Barcelona. Professor do Departamento de História edo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). É um dos líderes do grupo de pesquisa CNPq 'Poderes e Instituições, Mundos do Trabalho e Ideias Políticas' (POLIMT/UFMA) e membro dos grupos de pesquisa CNPq 'Rede de Estudos Periféricos' (REP/UFMA), grupo articulado à Rede de Observatórios de Segurança; 'Mito e Modernidade' (MiMo/UFMG). Também é membro do Grupo de Estudos Schmittianos, vinculado à Rede Internacional de Estudos Schmittianos (RIES). Membro do Comitê Estadual de Combate à Tortura (CECT-MA) no âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP / Governo do Maranhão, articulado ao Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura), biênio 2023-2025. Membro do GT História Política (ANPUH Brasil) sendo seu atual vice-coordenador (biênio 2023-2025). Foi diretor da Associação Nacional de História- seção Maranhão (ANPUH-MA) no biênio 2018-2020. Cofundador do programa História Viva, uma parceria da ANPUH-MA com a Agência Tambor que teve estreia em agosto de 2020.

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Published

2025-09-10

Issue

Section

Dossiê 28: Hip-Hop no Brasil: a produção de sentidos e as transformações da cult

How to Cite

Rhymes of resistance: political ideas in the rap of Preta Lu. (2025). PragMATIZES - Latin American Journal of Cultural Studies, 15(28), 185-210. https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v15i28.65561