(Re)construção do ethos e da identidade negra em duas canções do álbum Ladrão, de Djonga
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v15i28.65326Palavras-chave:
Retórica, Argumentação, Doxa, Ethos, RapResumo
Conforme a língua portuguesa, “ladrão” é aquela pessoa que pratica o ato de roubar ou furtar, além de ser corresponder, também, a uma pessoa desonesta. Frequentemente, jovens negros são vistos e/ou julgados como ladrões devido à cor da pele. É a partir dessa perspectiva que o rapper mineiro, Djonga, lançou o álbum intitulado Ladrão, em 2019. No álbum, o músico tenta desconstruir essa imagem prévia (ethos) que é formada em volta da população negra. É por meio da arte e do discurso que o rapper busca empoderar o sujeito negro, ao mesmo tempo em que reforça a reinvindicação de espaços e direitos. Desse modo, o presente artigo busca investigar a maneira como o músico, a partir de suas músicas, utiliza técnicas argumentativas para descontruir e, efetivamente, construir uma nova imagem acerca da população negra.
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