Desconstruindo o ‘humano’ em ‘direitos humanos’: Vida nua na era da guerra sem fim
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v2i3.38598Palavras-chave:
Direitos Humanos, Guerra ao terror, Politica EstadunidenseResumo
No momento em que era celebrado o 60º aniversário da Declaração Universal de Direitos Humanos, verificava-se também que a declaração continuava a ser pisoteada, provavelmente numa escala universal inédita.[i] Poucos documentos combinam, ao mesmo tempo, tanto prestígio e tanta irrelevância. Poucos documentos são tão amplamente reconhecidos e, ao mesmo tempo, tão desrespeitados mundo afora. O momento em que a declaração chegava ao seu 60º aniversário, em 2008, coincidiu não apenas com a legalização da tortura pela supostamente exemplar democracia estadunidense, mas também com a revelação de que membros da cúpula do governo haviam se reunido para decidir quais técnicas seriam usadas em cada prisioneiro. Que a tortura nunca tenha sido um elemento estranho ao que chamamos de democracia é sabido desde muito antes de Bush Jr. e de sua propalada Guerra contra o Terror. Porém, que a mais poderosa democracia do mundo tivesse se tornado um líder mundial na promoção, orquestração e justificação discursiva/jurídica da tortura certamente constituía uma novidade. A combinação singular de eventos que caracterizou o governo de Bush dependia da consolidação da noção de “Guerra contra o Terror”, uma abusiva apropriação do conceito de guerraDownloads
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