Limites da Política e Esvaziamento dos Conflitos: o Jornalismo como Gestor de Consensos
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v4i7.38663Palavras-chave:
Jornalismo, pluralidade, partidarismo, democracia, conflitos, consensosResumo
O artigo discute a atuação política do jornalismo, em uma análise que parte da crítica aos efeitos da distinção entre jornalismo partidário e jornalismo profissional. A atuação do jornalismo expressa ativamente — e não apenas em posições conjunturais ou disputas eleitorais — uma posição política situada. É a expressão de uma parte nas disputas mesmo quando não existe alinhamento político-partidário estável. O recurso à transcendência ou à imparcialidade é complementar, e não alternativo, a essa atuação partidária. Ela corresponde à expressão naturalizada de compreensões da política que definem os limites das controvérsias, a agenda e os atores que serão vistos como politicamente legítimos. Ao reproduzir no noticiário as fronteiras da política democrática tal como é atualmente configurada, o jornalismo promove o esvaziamento de conflitos fundamentais para uma maior pluralização da política. Ao mesmo tempo, coloca-se na posição de “gestor de consensos”.Downloads
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