Propaganda negativa na campanha presidencial em 2014. Ou como tudo que é frágil se desmancha no ar
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v6i11.39785Palavras-chave:
eleições, campanha eleitoral, propaganda negativa, opinião públicaResumo
O objetivo deste artigo é analisar como a propaganda negativa de Dilma Rousseff contra seus adversários foi fundamental para assegurar a sua reeleição dentro de um contexto político marcado por forte sentimento de mudança. Buscaremos mostrar como as intenções de voto, assim como as taxas de rejeição de Aécio Neves e Marina Silva, flutuaram no decorrer da campanha mediante os ataques feitos pela presidente com base na análise de quatro grupos focais realizados no Rio de Janeiro, entre os dias 29 e 30 de setembro, com eleitores das classes C e B. A análise mostra que a propaganda negativa ofereceu um arsenal de argumentos que foram assimilados e processados pelos eleitores com intenção de voto volátil ou indecisos e tiveram impacto na decisão final do voto. A propaganda negativa contra Marina Silva serviu para descredenciar o seu programa de governo e a atitude da candidata. No caso dos ataques contra Aécio Neves, eles reforçaram atitudes já presentes no eleitorado e ajudaram a desconstruir sua imagem como gestor em Minas Gerais. Finalmente, o artigo procura contribuir para o conhecimento sobre os determinantes da propaganda negativa ao incluir como razões para a utilização dessa estratégia a força relativa do governante segundo a sua popularidade.Downloads
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