Entrevista com Pedro Dallari

Autores

  • Cristina Buarque de Hollanda

DOI:

https://doi.org/10.22409/rep.v6i12.39795

Palavras-chave:

Pedro Dallari

Resumo

Na entrevista com Pedro Dallari, a quem agradeço muitíssimo a disponibilidade para um encontro que roubou quase duas horas de sua atribulada agenda, a CNV é abordada a partir de seus alcances e limites, com reações às críticas mais correntes. Entre os diferentes ângulos, diretos e indiretos, a partir dos quais Dallari aborda essa experiência, estão: i. os diferentes tratamentos do Estado brasileiro ao problema dos crimes da ditadura – com a antecipação das políticas de reparação às políticas de verdade –; ii. a mobilização do tema da reconciliação em uma sociedade com traços de partição menos evidentes do que, por exemplo, a sociedade sul-africana; iii. a novidade das comissões não-nacionais da verdade, e; iv. as escolhas da CNV para a conclusão de seus trabalhos. Não menos importante, Dallari comentou ainda sua condição de outsider do campo de ação e militância da justiça de transição. Tardiamente incorporado à Comissão, partida por conflitos pessoais e de visão institucional, acabou por desempenhar um papel-chave na produção de seu relatório final. Primeiramente relator e depois presidente da CNV, disse costurar a variedade e as diferenças pessoais e de perspectiva com o princípio de verdade factual, sobre o qual discorre com a clareza que é notoriamente própria de sua fala.

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Publicado

2019-12-10

Edição

Seção

Entrevistas