Bases sociológicas da produção da política externa na Nova República: patrimonialismo estamental, insulamento burocrático e republicanismo mitigado
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v6i12.39798Palavras-chave:
Política externa brasileira, pensamento social e político, patrimonialismo, insulamento burocrático, republicanismo mitigado.Resumo
Este artigo recorre ao pensamento social e político brasileiro para apresentar uma narrativa das bases sociológicas da produção da política externa nacional na Nova República. Analisa-se a conformação da sociedade brasileira e de seu Estado nacional para discutir como a herança patrimonial e burocrática portuguesa, que conformou o império brasileiro, a crescente racionalidade técnico-burocrática, sobretudo a partir dos anos 1930, e o processo de pluralização da sociedade brasileira, a partir da transição democrática iniciada em 1974, configuraram a produção da política externa nos primeiros trinta anos da Nova República. Argumenta-se que essas características, aparentemente antinômicas, engendraram em tensões e adaptações que se traduzem no acúmulo entre patrimonialismo estamental, insulamento burocrático e republicanismo mitigado como traços característicos da produção da política externa na Nova República. O acúmulo histórico dessas três características resultou em um ciclo de política externa concentrado e refratário à participação da sociedade. No período recente, este ciclo tem sofrido pressões para ampliar os espaços de participação e de contestação, embora essas demandas não necessariamente advoguem por uma ampliação que permita a participação irrestrita da sociedade, refletindo valores históricos da formação da comunidade política e do Estado brasileiro. Para realizar esse esforço científico, emprega-se a metodologia qualitativa, predominantemente as revisões bibliográfica e historiográfica, bem como a narrativa discursiva.Downloads
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