Percepções, imagens e diplomacia cultural: algumas considerações sobre o caso brasileiro

Autores

  • Aline Burni Pereira Gomes

DOI:

https://doi.org/10.22409/rep.v6i12.39801

Palavras-chave:

Diplomacia cultural, Relações Culturais Internacionais, Pensamento Internacional Brasileiro, Brasil, Política Externa, Soft Power.

Resumo

No cenário internacional pós-Guerra Fria aspectos culturais têm ganhado importância na projeção de um Estado no contexto internacional, em detrimento do poder militar e econômico pura e simplesmente. Nesse sentido, práticas que visam a propagar o chamado Soft Power, como a diplomacia cultural, têm adquirido centralidade na agenda de determinados países, com o objetivo de promover sua imagem e conquistar um lugar de maior destaque no cenário mundial. A diplomacia cultural pode ser compreendida como uma prática que vai além da simples promoção de políticas culturais, mas consiste na instrumentalização da cultura ou na implementação de políticas voltadas para o setor cultural com o objetivo de facilitar ou promover os fins de política externa ou de diplomacia de um país, grupo de países ou região. Tal prática é conduzida por governos e possui uma qualidade de promoção oficial de uma imagem ou de uma ideia, de valores, que constituem a essência de um país ou instituição com o objetivo de conquistar um lugar especial no cenário internacional, facilitando e favorecendo outras temáticas da política externa. Alguns Estados, como França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Japão reconhecem o valor do uso da cultura como facilitador de sua inserção internacional há longa data. Outros passaram a investir nas ações culturais em prol da promoção de seus objetivos de política externa mais recentemente. Pouco se sabe sobre os empreendimentos do Brasil neste campo, cuja literatura ainda é escassa e recente. Pode-se falar em uma diplomacia cultural à brasileira? Em que medida a diplomacia cultural é empreendida pelo governo brasileiro e quais são suas principais características? Estas são as questões que inspiram o trabalho, que utiliza fontes secundárias para refletir sobre o caso do Brasil acerca do tema.

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Publicado

2019-12-10

Edição

Seção

Dossiê Cultura e Política