A impossível liberdade dos antigos: Germaine de Staël, Benjamin Constant e o nascimento da cultura liberal pós-revolucionária na França

Autores

  • Paulo Henrique Paschoeto Cassimiro

DOI:

https://doi.org/10.22409/rep.v7i13.39810

Palavras-chave:

Revolução, Liberalismo, Soberania do Povo, Progresso.

Resumo

A cultura liberal que nasce com a República do Thermidor legará ao liberalismo francês um topos central, qual seja, o da incapacidade da liberdade republicana clássica em dar conta de formular uma solução institucional para a complexa sociedade comercial da Europa das luzes. Pretendemos demonstrar, a partir da obra de dois autores paradigmáticos da cultura liberal francesa do final do século XVIII e início do XIX Germaine de Staël e Benjamin Constant — como os conceitos políticos fundamentais que sustentam a defesa do regime representativo e da liberdade política estão intrinsecamente ligados à crítica do jacobinismo como corrupção do modelo republicano dos antigos e a uma concepção da história como progresso. Assim, o sistema do direito natural se torna obsoleto para legitimar a liberdade, dando lugar definitivamente à teoria da história que se imporia à teoria política do século XIX. Seguiremos as orientações teórico-metodológicas de Pierre Rosanvallon (2010), concentrando o estudo dos autores na formação e evolução de alguns dos conceitos que procuram dar racionalidade aos os fenômenos políticos da modernidade, e que devem ser compreendidos a partir das dificuldades e dos problemas colocados pela democratização.

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Publicado

2019-12-10

Edição

Seção

Artigos