Teorias e práticas do poder como violência: reflexões a partir de Benjamin, Derrida e Agamben
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v7i14.39818Palavras-chave:
Poder, Lei, Justiça, Violência.Resumo
O objetivo deste trabalho é apontar alguns problemas a respeito do poder como violência, a partir da ideia de Gewalt, presente no ensaio de Walter Benjamin Para uma crítica da violência (Zur Kritik der Gewalt). De caráter polissêmico, Gewalt pode significar “violência” ou “poder”, ponto que será explorado pelo autor no ensaio. Ao analisar certa tendência à monopolização do poder sobre o indivíduo, pelo direito moderno, Benjamin aponta para a polícia como uma expressão espectral, cuja atuação se localiza na indiscernível fronteira entre a Gewalt instauradora e a Gewalt mantenedora, de modo que suas ações estão sempre entre o poder e a violência, entre o legítimo e o ilegítimo. Possui, portanto, um papel dúbio, o que forma um nó de indiscernibilidade entre o que pode ser caracterizado como violência policial e o que é prerrogativa do poder da polícia. Os desdobramentos críticos da formulação benjaminiana aparecem pela leitura de Jacques Derrida, através, não da perspectiva de uma justiça divina, mas pelo conceito de diferença. No texto Prenome de Benjamin, Derrida irá explorar a crítica da Gewalt e a relação entre estado e direito, para revelar como a violência está inserida em um sistema institucional, não podendo ser dissociada do aparato governamental. Ao fazer uma análise das relações entre a violência e as esferas da justiça e da lei, a discussão teórica entre Benjamin e Derrida forma uma base de onde é possível entender o estado de exceção, presente em Agamben. Nesse sentido, trata-se aqui de três versões críticas do poder como violência, no sentido de instituir um problema do ponto de vista político. Em seguida, o olhar se volta para alguns episódios contemporâneos, capazes de depor a respeito das questões levantadas pelos autores. Dessa forma, cabe uma análise dos critérios de justiça à luz da crítica ao aparato jurídico feita por Benjamin, Derrida e AgambenDownloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Para submeter um manuscrito, os autores devem realizar o cadastro na plataforma, fornecer os dados solicitados e seguir as orientações recomendadas. Para tanto, será necessário apresentar o número da identidade de pesquisador. Para obtê-lo, é necessário realizar o cadastro na plataforma Open Researcher and Contributor ID (ORCID).
Ao submeter um manuscrito, os autores declaram sua propriedade intelectual sobre o texto e se comprometem com todas as práticas legais relativas à autoria. A submissão implica, ainda, na autorização plena, irrevogável e gratuita de sua publicação na REP, a qual se responsabiliza pela menção da autoria.
A REP tem acesso aberto e não cobra pelo acesso aos artigos.
Orientando-se pelo princípio de que tornar público e disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização mundial do conhecimento, a REP adota a política de acesso livre e imediato ao seu conteúdo.
No mesmo sentido, a REP utiliza a licença CC-BY, Creative Commons, a qual autoriza que terceiros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que se reconheça e torne público o crédito da criação original.
Para mais informações, contatar a editora através do e-mail revistaestudospoliticos@gmail.com