Direcionamento da agenda no processo de construção da “Aliança Democrátcia frente Liberal-PMDB” para as eleições Indiretas de 1985
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v8i16.39844Palavras-chave:
Campanha Política. Campanha Diretas Já! Colégio Eleitoral. Redemocratização. Eleições Indiretas.Resumo
Este trabalho trata sobre a construção discursiva e ideológica da campanha da chapa “Aliança Democrática PMDB-Frente Liberal”, a qual elegeu Tancredo Neves à presidência da república via colégio eleitoral, com José Sarney como vice, no ano de 1985. Faz uma análise histórica da formação dos partidos que disputaram qual alternativa seria a vencedora da disputa política na primeira metade dos anos 1980, com a conquista da direção do processo de constitucionalização nacional pós-ditadura militar. Numa comparação de tendências de votos dos dois eventos conexos no Congresso (PEC 5/1983, de eleições presidenciais diretas, e o colégio eleitoral de janeiro de 1985), bem como análise de discursos políticos e materiais da campanha presidencial da Aliança Democrática, verificou-se que a campanha política junto à população, com vistas a eventos de deliberação restrita ao colégio eleitoral, as ações da Aliança Democrática tinham como objetivo construir legitimidade em torno de uma agenda conciliada por cima, elaborada e proposta inclusive por membros da base de apoio da ditadura. Conclui-se que a campanha teve como finalidade desviar o debate das pautas propostas pelos movimentos sociais, sindicais e populares que pressionaram a redemocratização por baixo durante as mobilizações por eleições presidenciais diretas, os quais propunham reforma agrária, ampliação de direitos trabalhistas e humanos, revisão de dívida externa, restabelecimento de relações com países socialistas etc., com a construção de uma agenda baseada em temas típicos da propaganda da própria ditadura que legitimava mudanças feitas pelo alto: a união nacional, o patriotismo e o civismo.Downloads
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