O Populismo para além de Laclau: entre a expansão do demos e a desfiguração do liberalismo
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v9i17.39850Palavras-chave:
Populismo, Teoria Democrática Contemporânea, América Latina, Novo Conservadorismo, Maré Rosa.Resumo
O objeto deste artigo é o conceito laclauniano de populismo. Após apresentar uma breve historiografia de suas múltiplas manifestações no contexto latino-americano, será delineado um argumento que vincula sua polissemia à natureza polimorfa de seu principal elemento: a ideia de povo (demos) e sua capacidade de designar, ao mesmo tempo, o todo e uma de suas partes (a plebe). Em seguida, a partir da demonstração desta hipótese, que reivindica uma conexão histórica e axiológica entre populismo e defesa dos subalternos, almejo avançar em uma reformulação da categoria. Deste modo, ao incorporar a ideia de expansão do demos como parte do núcleo semântico do conceito, espero reduzir seu grau de indeterminação e, por conseguinte, o espectro de fenômenos passíveis de serem por ele tipificados – vetando, por exemplo, sua aplicabilidade a discursos de natureza conservadora e/ou neoliberal. Esta proposta, todavia, não visa oferecer à categoria uma conotação inteiramente positiva, associada ao avanço da democracia, contemplando também componentes personalistas, majoritários e plebiscitários que indicam sua falta de afinidade com os princípios básicos do governo representativo. Com isso, o populismo torna-se um marcador das tensões entre liberalismo e democracia.Downloads
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