O MNR e a Revolução de 52: Considerações sobre o nacional-popular na Bolívia (1952-1964)

Autores

  • João Paulo Viana

DOI:

https://doi.org/10.22409/rep.v9i17.39855

Palavras-chave:

Populismo. MNR. Revolução. Bolívia. Nacionalismo.

Resumo

O presente texto aborda a experiência do nacional-popular na Bolívia, com a chegada do Movimento Nacional Revolucionário (MNR) ao poder durante a Revolução de 52. O estudo busca compreender os fundamentos e o legado do populismo boliviano expressos no ideário emenerrista. Inicialmente, o trabalho analisa os acontecimentos que se sucederam a partir da guerra do Chaco, com a emergência do Socialismo Militar ao poder nos anos 30 e a fundação do MNR na década de 40. Sob forte influência dos ideais nacionalistas que brotariam na sociedade boliviana no período posterior ao conflito do Chaco, o MNR lideraria o processo revolucionário com o apoio maciço das classes populares. Posteriormente, empreende-se análise sobre o legado da Revolução Nacional de 52 e sua relação com a problemática indígena. Por fim, concluímos com algumas questões relevantes acerca do espólio da experiência boliviana do nacional-popular. Nesse contexto, a Revolução de 52 produziu importantes transformações na sociedade boliviana, com a ampliação da cidadania por intermédio da introdução do sufrágio universal, a consolidação dos sindicatos como atores vitais do processo político, sob a forma de cogestão obrera, liderada pela Central Obrera Boliviana (COB) e a realização de uma relevante reforma agrária. Não obstante, o MNR não logrou êxito em seu projeto de homogeneização cultural, relegando a problemática indígena a mera questão de classe social.

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Publicado

2019-12-10

Edição

Seção

Artigos