Leo Strauss e o Straussianismo, uma polêmica

Autores

  • Elvis de Oliveira Mendes Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.22409/rep.v13i25.56650

Resumo

Desde sua morte em 1973, a obra de Leo Strauss se tornou um lugar de debates e querelas interpretativas que geraram uma controversa corrente de pensamento chamada de Straussianismo. Assim como todo legado que se torna “ismo”, a questão que se impõe é: o Straussianismo seria chancelado pelo professor Strauss? Meu objetivo nesse artigo é analisar as profundas divergências entre os assim chamados Straussianos e mostrar que, o que se entende por Straussianismo se trata mais de uma mística criada em torno da apropriação do pensamento de Strauss, do que de um conteúdo epistemologicamente consistente. Para tanto, esse estudo está dividido em três partes: na primeira, apresentarei alguns pontos específicos da biografia intelectual de Strauss e seu comportamento em relação à política de seu tempo. Na segunda parte, analisarei o contato de supostos Straussianos com a política norte-americana. Por fim, tentarei demonstrar algumas das principais divergências interpretativas entre os Straussianos, a fim de mostrar duas coisas nesse campo: (1) não faz sentido falar em Straussianismo enquanto um grupo coeso que compartilha das mesmas ideias e valores, sendo então mais coerente falar em “Straussianismos”; (2) para além das divergências entre os Straussianos, há uma querela ainda mais profunda e radical, entre as visões defendidas por eles e o ensinamento de Strauss.   

Palavras-chaves:

Straussianismo; Leo Strauss; Legado; Interpretação; Apropriação

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Biografia do Autor

Elvis de Oliveira Mendes, Universidade Federal de Uberlândia

Doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia (MG) onde é pesquisador bolsista da CAPES, Doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal Fluminense (RJ) (ambos em andamento) Mestrado em Filosofia Política pela Universidade Federal de Pernambuco, Graduação em Filosofia pela mesma instituição.

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Publicado

2022-11-30

Edição

Seção

Artigos