Diretas Já: da institucionalidade política às grandes manifestações de rua

Autores

  • Christiane Jalles de Paula Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Gustavo Paccelli Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.22409/rep.v16i32.63410

Resumo

O objetivo do artigo é analisar as condições que fomentaram o surgimento das Diretas Já no Brasil. Argumentamos que o movimento foi articulado por atores políticos e por segmentos da sociedade civil organizada, fruto de estratégias políticas que propiciaram as mobilizações populares em prol das eleições diretas para presidente. Defendemos ainda que quem catalisou e sustentou o movimento das Diretas Já foram os partidos de oposição ao regime militar, com destaque para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Com isso, não queremos dizer que a campanha foi uma simples estratégia partidária, uma vez que o movimento tomou corpo a partir da intensificação das interações e conexões do sistema político com variados setores sociais que já protestavam contra o governo. No entanto, fundamentado em teorias de ação coletiva que definem tais ações como esforços coordenados baseados em interesses comuns, conclui-se que as Diretas Já representaram um movimento de massa em que lideranças políticas coordenaram a participação de uma ampla gama de atores na criação de repertórios de protesto e na exploração de oportunidades políticas, independentemente dos desdobramentos da Emenda Dante de Oliveira.

Palavras-chave: Ação coletiva; Movimentos Sociais; Diretas Já; Regime Militar; Redemocratização

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Publicado

2025-08-13

Edição

Seção

Dossiê Diretas Já 40 Anos