NUMA PERSPECTIVA DISCURSIVA NO NONO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.22409/revistaleph.v0i14.39022Abstract
O presente estudo investiga as possibilidades que alunos do nono ano do Ensino Fundamental apresentam para fazer revisões na escrita de seus próprios textos. O nosso interesse por esse objeto, a revisão textual, foi mobilizado pela observação de que algumas pessoas enfrentam grandes dificuldades para elaborar suas idéias, sentimentos e experiências, mesmo depois de ter cursado oito, nove anos de escolaridade. Estas dificuldades, uma vez não superadas, acabam por comprometer de alguma forma o percurso de aprendizagem, além, claro, da participação na vida social. A partir dessa observação, várias questões se levantaram. De que maneira, nós, professores de língua portuguesa, poderíamos colaborar para transformar essa realidade? Será que o modo como a gramática tem sido trabalhada historicamente na escola, privilegiando a nomenclatura e o estudo das formas, contribui para a crescente ampliação das possibilidades de produção textual? Que dificuldades os alunos encontram para aprender a língua portuguesa e se tornarem letrados? Por que historicamente vem se observando tanto fracasso no aprendizado da leitura e da escrita em todos os níveis de ensino? Que atividades podem ser propostas para que os alunos reflitam sobre o conhecimento lingüístico e se apropriem de modos diferentes de enunciar? Afinal, o que se pretende com o ensino da leitura e da escrita? Como tem sido contextualizada a produção de textos na escola? A reflexão aqui desenvolvida apóia-se nos construtos teóricos de Mikhail Bakhtin. Pretende-se com este estudo compreender o sentido que os alunos atribuem à revisão de textos ao terem a oportunidade de refletir sobre eles, visando: (a) identificar os principais aspectos revisados em duas situações de produção diferenciadas, do ponto de vista discursivo, (b) compreender como os alunos vivenciam a tarefa de revisão proposta. Em conclusão o texto evidencia que alunos possuem possibilidades de realizar atividades de revisão em seus textos, embora tenham demons-trado certa dificuldade. Constatou-se ainda, o esforço e o desejo dos alunos em construir, a partir das revisões, um bom texto. Os alunos, de um modo geral, se posicionaram de forma crítica diante da atividade de revisão textual.Downloads
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