Dilemas e agruras na passagem à modernidade: rede de sociabilidade, cultura religiosa e política (Barão do Rio Branco, Oliveira Lima e Gilberto Freyre)

Autores

  • Márcia Barros Ferreira Rodrigues Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES

DOI:

https://doi.org/10.15175/1984-2503-201810301

Palavras-chave:

Rede de sociabilidade, cultura religiosa, cultura política, subjetividade, relações de poder

Resumo

Este artigo enfoca os dilemas e agruras presentes no campo intelectual na passagem à modernidade no Brasil por meio da análise da rede de sociabilidade entre José Maria da Silva Paranhos Júnior (Barão do Rio Branco, 1845-1912); Manoel de Oliveira Lima (1867-1928) e Gilberto Freyre (1900-1987). Sublinhamos a permanência histórica de longa duração de ecos da Reforma Protestante no século XVI e do Concílio de Trento (1545-1563) e as reações da Igreja católica frente às Reformas e suas atualizações históricas na virada do século XIX para o XX. Destacamos a atuação política e intelectual do Barão do Rio Branco, Oliveira Lima e Gilberto Freyre como desdobramentos desse debate e campo de disputa. A pista que nos interessa interpretar a partir desta perspectiva, é a ambivalência e contradição entre o pensar, o sentir e o agir dos personagens históricos em suas ações, e analisar a natureza complexa da cisão: teológica, ideológica, política e psicológica provocada por este ‘cisma”. O tema proposto será tratado numa interpretação interdisciplinar norteada pelas Ciências Sociais, em particular a Sociologia Política, e a História na denominação de ‘história subjetivada”, que implica uma escuta atenta das emoções, muitas vezes inconscientes, inscritas no acontecer social que podem produzir efeitos de registro traumático e sofrimento psíquico.

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Biografia do Autor

Márcia Barros Ferreira Rodrigues, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES

Márcia Barros Ferreira Rodrigues concluiu seu doutorado em História Social pela USP - Universidade de São Paulo (2000), continuando seus estudos em áreas de interessse social, fez dois pós-doutorados na Universidade Federal Fluminense - UFF, onde iniciou sua graduação, em Ciências Sociais, em 1985. Atualmente exerce o cargo de Professor Associado III na Universidade Federal do Espírito Santo, pelo Departamento de Ciências Sociais. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Violência. Atua principalmente nos seguintes temas: História, Cultura, Política, Ideologia, Violência, Segurança Pública,Subjetividades na contemporaneidade e Indiciarismo. Exerce ainda a função de Coordenadora Geral do NEI - Núcleo de Estudos Indiciários, onde executa ações de direção em diversos projetos de pesquisa, cursos e atividades de extensão. Márcia também está vinculada, como docente, no PPGHIS - Programa de Pós-Graduação em História Social das Relações Políticas e no PGCS-programa de Pós-graduação em Ciências Sociais também na UFES. Exerceu, o cargo de vice-coordenadora do PPGHIS. Consultora na área de políticas públicas com ênfase em segurança pública na área de prevenção e realização de diagnóstico sócio-criminal. Atualmente é coordenadora do Programa Fazer Brasil, que se constitui num programa de Estado para prevenção a criminalidade juvenil e reintegração de egressos do sistema socioeducativo e do sistema penal no ES. Foi consultora da ONU-HABITAT em Vitória - ES de março de 2011 a agosto de 2011.

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Publicado

2018-10-15

Como Citar

Rodrigues, M. B. F. (2018). Dilemas e agruras na passagem à modernidade: rede de sociabilidade, cultura religiosa e política (Barão do Rio Branco, Oliveira Lima e Gilberto Freyre). Passagens: Revista Internacional De História Política E Cultura Jurídica, 10(3), 335-367. https://doi.org/10.15175/1984-2503-201810301