Explosão na catedral: Poder, Cultura e Modernidade na América Latina
DOI:
https://doi.org/10.15175/1984-2503-201911202Palavras-chave:
Literatura, relações de força, modernidade, América Latina, Alejo Carpentier.Resumo
O presente artigo visa apresentar uma síntese de algumas questões chaves que dizem respeito à formação do campo intelectual latino-americano no século XX e que foram trabalhadas na pesquisa de doutorado Relações de força na passagem à modernidade na América Latina. Destacamos as questões suscitadas pela escrita ficcional e ensaística de Alejo Carpentier e pelas relações de força (política e cultural) presentes no processo de circulação e apropriação do Iluminismo na América Latina. Apresentamos uma análise daquele que consideramos o romance fundamental de Alejo Carpentier, El siglo de las luces, publicado em 1962. O escritor e ensaísta cubano pensou a relação epistemológica entre história e literatura comprometido com a renovação cultural modernista que ativou a crítica romântica em contraste ao modelo inspirado na física óptica newtoniana – confrontando, assim, o mecanicismo do entendimento da literatura como mero reflexo da realidade histórica ou social. Para Carpentier, a ficção deve ser compreendida como elemento ativo e construtivo da história. O reconhecimento da autonomia relativa, ou irredutibilidade da experiência estética (e do imaginário) em relação ao conhecimento científico da história, incidiu no reconhecimento dos saberes culturais afroamericanos e ameríndios contra o sentido civilizatório subjacente na concepção linear da história científica iluminista.
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