Urano, Onã e Vênus: A sexualidade psicopatologizada no Uruguai do Século XIX

Autores

  • Nicolás Duffau Universidad de la República, Montevideo,

DOI:

https://doi.org/10.15175/1984-2503-20168102

Palavras-chave:

Uruguai, psiquiatria, sexualidade, controle social.

Resumo

Desde a segunda metade do século XIX, desencadeou-se na sociedade uruguaia um processo de medicalização que provocou crescente presença dos médicos na vida cotidiana. Neste contexto, a psiquiatria (assim como outros ramos da medicina) tornou-se cada vez mais vigorosa e constituiu-se em um instrumento utilizado pelos médicos para assinalar não somente patologias psiquiátricas de origem biológica como também causas de tipo moral e social que levavam de forma inequívoca à ‘loucura”. Entre essas práticas encontravam-se a homossexualidade, a masturbação e a prostituição, consideradas não somente como delitos mas também como manifestações psicopatológicas. Os psiquiatras abordaram, entre outros problemas sociais, as práticas sexuais e sua normatização, assim como encarregaram distintas instituições do Estado (sanitárias, policiais) da contenção, repressão e isolamento de todos aqueles homens e mulheres que demostravam algum ‘desvio” em seu comportamento sexual. Com este ponto de partida, analisaremos no nosso trabalho a posição dos psiquiatras em relação à sexualidade durante o período de 1880 a 1910. Para tanto, nos debruçaremos sobre quatro dentre as principais preocupações do corpo médico do período: a homossexualidade masculina, o lesbianismo, a masturbação e a prostituição.

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Publicado

2016-01-28

Como Citar

Duffau, N. (2016). Urano, Onã e Vênus: A sexualidade psicopatologizada no Uruguai do Século XIX. Passagens: Revista Internacional De História Política E Cultura Jurídica, 8(1), 21-39. https://doi.org/10.15175/1984-2503-20168102