Cultura política e política de massas: aproximações entre integralismo e neointegralismo
DOI:
https://doi.org/10.15175/1984-2503-202113302Palavras-chave:
cultura política, integralismo, neointegralismoResumo
A Ação Integralista Brasileira foi criada em São Paulo por Plínio Salgado em 1932. Foi um movimento de caráter conservador e ultranacionalista que rapidamente se expandiu por todo o território nacional. Contribuiu para esse rápido crescimento a constituição de rituais símbolos, que eram materializados por meio de desfiles nas praças e nas ruas das cidades. Assim, o objetivo deste escrito é demonstrar como as ruas das cidades se constituíram em um espaço para propaganda da Ação Integralista Brasileira, além de mostrar como esses espaços eram utilizados para a materialização da simbologia e dos rituais integralistas. Pretende-se, também, apontar para a rearticulação da AIB no pós-45 e a conexão desse movimento com o neointegralismo no século XXI configurando o integralismo como uma cultura política.
Downloads
Referências
Fontes
ANAUÊ. Joinville: [s.n.], 1934-1937.
BLUMENAUER-ZENITUNG. Blumenau: [s.n.], 1881-1938.
CENTRO DE ESTUDOS E DEBATES INTEGRALISTAS. Manifesto Integralista de 2001. Integralismo, Rio de Janeiro, 27 fev. 2004. Disponível em: http://integralismo.blogspot.com/2015/03/manifesto-integralista-de-2001.html. Acesso em: 18 jan. 2021.
CORREIO POPULAR. Campinas: [s.n.], 1927-.
MANIFESTO Integralista de outubro de 1932. Disponível em: https://www.integralismo.org.br/manifesto-de-7-de-outubro-de-1932/. Acesso em: 18 fev. 2021.
MONITOR INTEGRALISTA, São Paulo: AIB, 1933-1937.
PROTOCOLOS Rituais. In: DÓREA, Gumercindo Rocha (Ed.). Enciclopédia do Integralismo. São Paulo: GRD, [entre 1957 e 1961]. v. 11, cap. 1, p. 76, art. III.
Referências
APRESENTAÇÃO. Integralismo - Frente Integralista Brasileira, 30 jul. 2020. Disponível em: https://www.integralismo.org.br/apresentacao/. Acesso em: 19 jan. 2021.
ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de. Totalitarismo e revolução: o integralismo de Plínio Salgado. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1988.
ATHAIDES, Rafael As paixões pelo sigma: afetividades políticas e fascismos. 2012. 304 f. Tese (Doutorado em História)_Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2012. Disponível em: https://hdl.handle.net/1884/28288. Acesso em: 18 jan. 2021.
BARBOSA, Jefferson Rodrigues. Chauvinismo e extrema direita: crítica aos herdeiros do sigma. São Paulo: UNESP, 2015. https://doi.org/10.7476/9788568334683
BACZKO, Bronislaw. Imaginação social. In: Enciclopédia Einaudi. Porto: Imprensa Nacional, 1995. v. 5, p. 321.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução. São Paulo: Abril Cultural, 1975. Coleção Os Pensadores.
BERSTEIN, Serge. A cultura política. In: RIOUX, Jean-Pierre; SIRINELLI, Jean-François (Org.). Para uma História Cultural. Lisboa: Estampa, 1998. p. 349-363.
BERSTEIN, Serge. Os partidos. In: REMOND, René (Org.). Por uma história política. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2003. p. 57-98.
BERTONHA, João Fábio. Fascismo, nazismo, integralismo. São Paulo: Ática, 2003.
BERTONHA, João Fábio. O Integralismo e sua história: memória, fontes, historiografia. Salvador: Pontocom, 2016.
BOLLE, Willi. Fisiognomia da metrópole moderna: representação da história em Walter Benjamin. São Paulo: USP, 1994.
CALDEIRA NETO, Odilon. Neointegralismo e as direitas: entre aproximações e distanciamentos. Locus Revista de História, Juiz de Fora, v. 18, n. 1, p. 147-165, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/20367. Acesso em: 12 jan. 2021.
CALIL, Gilberto Grassi. O integralismo no pós-guerra: a formação do PRP (1945-1950). Porto Alegre: PUCRS, 2001.
CARNEIRO, Márcia Regina da Silva Ramos. Do Sigma ao Sigma: entre a anta, a águia, o leão e o galo – a construção das memórias integralistas. 2007. 415 f. Tese (Doutorado em História Política) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2007. Disponível em: https://www.historia.uff.br/stricto/teses/Tese-2007_CARNEIRO_Marcia_Regina_da_Silva_Ramos-S.pdf. Acesso em: 15 jan. 2021.
CARNEIRO, Márcia Regina da Silva Ramos. Uma velha novidade: o integralismo no século XXI. Boletim do Tempo Presente, n. 03, 2012. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/tempopresente/article/view/4158. Acesso em: 16 jan. 2021.
CAVALARI, Rosa Maria Feiteiro. Integralismo: ideologia e organização de um partido de massas no Brasil (1932-1937). Bauru, SP: Universidade do Sagrado Coração, 1999.
CHAUÍ, Marilena. Apontamentos para uma crítica da Ação Integralista Brasileira. In: CHAUÍ, Marilena; FRANCO, Maria Silvia Carvalho. Ideologia e Mobilização Popular. São Paulo: Paz e Terra/CEDEC, 1978. p. 17-149.
DOTTA, Renato Alencar. Um esboço necessário sobre a trajetória do integralismo brasileiro – da AIB ao ciberintegralismo (1932 a atualidade). Boletim do Tempo Presente, n. 03, 2012. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/tempopresente/article/view/4156. Acesso em: 16 jan. 2021.
DREIFUSS, René. O jogo da Direita. Rio de Janeiro: Vozes, 1989.
FAGUNDES, Pedro Ernesto. Morte e memória a necrofilia política da Ação Integralista Brasileira (AIB). Varia História, Belo Horizonte, v. 28, n. 48, p.889-909: jul/dez 2012. https://doi.org/10.1590/S0104-87752012000200019
FREITAS, Marcos César de. O integralismo: fascismo caboclo. São Paulo: Ícone, 1998.
GERTZ, René. O integralismo em Santa Catarina. Revista do Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina, 3ª fase, n. 5, p. 16-28, 1984.
GERTZ, René. O fascismo no Sul do Brasil. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.
GONÇALVES, Leandro Pereira; TANAGINO, Pedro Ivo Dias. Simbologia e sugestão: ideal de homem integral em protocollos e rituaes (1937). Temáticas, Campinas, v. 20, n. 39, p. 181-198, ago./dez. 2012. https://doi.org/10.20396/tematicas.v20i39.11443
GONÇALVES, Leandro Pereira; SIMÕES, Renata Duarte. Entre tipos e recortes: histórias da imprensa integralista. Rio de Janeiro: Autobiografia, 2019. v. 3.
GONÇALVES, Leandro Pereira; CALDEIRA NETO, Odilon. O fascismo em Camisas Verdes: do integralismo ao neointegralismo. Rio de Janeiro: FGV, 2020.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Culturas políticas na história: novos estudos. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2009.
NASCIMENTO, Welson. A necessidade de se atualizar a doutrina integralista. MIL-B, 19 mar. 2020. Disponível em: https://integralismolinear.org.br/a-necessidade-de-se-atualizar-a-doutrina-integralista/. Acesso em: 30 maio 2021.
REIS, Natalia. A ideologia do sigma hoje: Neointegralismo, intolerância e memória. História: Questões & Debates, Curitiba, v. 46, n. 1, p. 113-138, 2007. http://dx.doi.org/10.5380/his.v46i0.11328
REMOND, René (Org.). Por uma história política. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
ROLNIK, Raquel. O que é cidade? São Paulo: Brasiliense, 2004.
SILVA, Hélio. Terrorismo em Campo Verde. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.
TRINDADE, Hélgio. Integralismo: o fascismo brasileiro na década de 30. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1974.
TRINDADE, Hélgio. A tentação fascista no Brasil: imaginário dos dirigentes e militantes. Porto Alegre: UFRGS, 2016.
VASCONCELLOS, Sérgio de. Cronologia da História do Integralismo. Integralismo | Frente Integralista Brasileira. Página modificada em: 25 ago. 2020. Disponível em: https://www.integralismo.org.br/apendice-historico/. Acesso em: 30 maio 2021.
ZANELATTO, João Henrique. De olho no poder: o integralismo e as disputas políticas em Santa Catarina na era Vargas. Porto Alegre: PUCRS, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Passagens: Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Solicita-se enviar, em anexo, um termo de transferência de direitos autorais, contendo assinatura do(a)s autor(a)s, conforme o modelo abaixo:
Este trabalho está licenciado com uma Licença licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.