Criminologia e literatura: O romance Via Ápia e as Unidades de Polícia Pacificadoras
DOI:
https://doi.org/10.15175/1984-2503-202315303Palavras-chave:
criminologia, literatura, juventude, polícia, drogasResumo
O presente artigo trabalha as relações entre literatura e criminologia a partir da tradição criminológica de Roberto Lyra e de outros intérpretes da violência estrutural brasileira em Machado de Assis. A partir da análise do romance Via Ápia, de Geovani Martins, desvela-se a conjuntura da implantação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) no bairro da Rocinha. O cotidiano dos cinco jovens protagonistas apresenta todas as consequências daquele projeto na vida dos moradores das favelas onde foram implantadas: os efeitos no comércio varejista de substâncias ilícitas, a truculência e letalidade da polícia e a ocupação militarizada desses lugares. A literatura como testemunho histórico torna-se uma chave importante de interpretação criminológica.
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