Chamada de Artigos
EDITAL
A partir de 2018, a Revista TrabalhoNecessário passou a editar Números Temáticos, organizados por grupos de pesquisa associados ao Núcleo de Estudos, Documentos e Dados sobre Trabalho e Educação - Neddate, considerando sua afinidade com a política editorial da revista: o materialismo histórico. Como meio de veiculação e mediação do pensamento crítico em relação ao mundo do trabalho, à formação humana e as relações históricas entre trabalho e educação, os Números Temáticos serão compostos por artigos de autores convidados e artigos enviados espontaneamente. Todos os textos deverão ser inéditos e, respeitando as normas de publicação da revista e os prazos estabelecidos por este edital, serão submetidos para avaliação duplo-cega. A TN continuará recebendo, em fluxo continuo, artigos de outras temáticas. Abaixo, os editais de chamada pública:
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CHAMADAS ABERTAS 2025 - TN 50, TN 51 e TN 52
TN 50 (Jan-Abril) – MARXISMO, EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Organizadores: Jacqueline Botelho (Grupo THESE - UFF/ Escola de Serviço Social) e Jane Barros Almeida (Grupo Educação, Luta de Classes e Perspectiva Antirracista - UERJ/DCSE-Edu)
Ementa: Neste número da Revista Trabalho Necessário, buscaremos reunir artigos que evidenciem as contribuições do materialismo histórico e dialético para o entendimento das lutas antirracistas no Brasil e no mundo. Receberemos estudos que promovam o diálogo entre autores que discutam os fundamentos teórico-metodológicos e epistemológicos das relações étnico-raciais, considerando a questão de classe social, raça, etnia, gênero, religiosidade e outros elementos materiais e simbólicos da formação humana. Cabem reflexões sobre as lutas antirracistas em escolas e universidades, lutas por libertação nos países da África, América Latina e Caribe, experiências de classe e formas de resistência em diversos espaços/tempos históricos, inclusive nos atuais processos de resistência quilombola, indígena, camponesa e população ribeirinha, com vistas à afirmação da etnia, defesa do território, dos saberes ancestrais, das culturas afro-indígenas e de modos de produção da existência distintos do modo de produção capitalista. Também serão bem-vindos estudos sobre as relações dialéticas entre o racismo, cultura, mundo do trabalho, Estado e educação de crianças, jovens e adultos trabalhadores.
Submissão de artigos do número temático: até 10 de dezembro de 2024.
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TN 51 (Maio-Ago) – MARXISMO, ARTE E EDUCAÇÃO
Organizadores: Maria Amélia Dalvi - Grupo de Pesquisa Literatura e Educação (LitEdu / UFES) e Maria Cristina Fonseca da Silva – Arte e Formação nos processos políticos contemporâneos (UDESC)
Ementa: A arte, por meio da experiência estética e concreta, assim como propõem as pedagogias socialistas que têm circulado na América Latina, nos últimos dois séculos, deve compor a formação humana que vise à omnilateralidade. N'O capital, de Karl Marx, há diversas menções a obras literárias e personagens ficcionais, evidenciando a dimensão expressiva da atividade teórico-formativa de nossa classe. Nas licenciaturas em educação do campo ou nas licenciaturas interculturais indígenas que vêm sendo implantadas em todo o Brasil, como resultado de lutas populares, o papel da arte tem sido central para a integração curricular e a elaboração multidimensional da crítica, a despeito de inúmeras contradições. Vladimir Ulianov (Lenin), em carta a Clara Zetkin, disse que “A arte pertence ao povo. Ela deve lançar suas raízes mais profundas nas grandes massas trabalhadoras. Deve ser compreendida por essas massas e apreciada por elas”. Convidamos pesquisadores afinados à teoria crítica e às diferentes correntes do pensamento marxista a apresentar suas reflexões sobre as relações entre marxismo, arte e educação, e suas manifestações em diversos espaços/tempos históricos: literatura, teatro, cinema, música, fotografia, dança, pintura, grafite, entre outras.
Submissão de artigos do número temático: entre 11/12/2024 e 10/03/2025.
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TN 52 (Set-Dez) – MARXISMO, EDUCAÇÃO E TERRITÓRIOS DE LUTA.
Organizadores: Alcidema Coelho Magalhães- Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Educação (GEPTE/UFPA); Márcio Amaral- Laboratório de Estudos das Dinâmicas Territoriais na Amazônia (LEDTAM/UFPA)
Ementa: O avanço do capital sobre os territórios impõe despossessão, espoliação e destruição social e ambiental, tendo em vista a formação de uma sociedade pautada no trabalho-mercadoria e na precarização das condições de vida da grande maioria da população. Contraditoriamente, no contexto de reprodução da força de trabalho, o território, construído e construtor de relações de poder, ganha centralidade na ação do capital e, também, nas diferentes formas de resistência e de luta de classes nos espaços urbanos e rurais. Os processos dialéticos de construção e, ao mesmo tempo, de destruição, manutenção e transformação do território produzem a auto-organização na luta pela terra, pelo direito à cidade e na construção de experiências de educação e formação humana para além do capital. Como podemos compreender as relações entre trabalho, educação e territórios de luta à luz do marxismo? O território como categoria teórica e prática em sua articulação com a educação pode contribuir no desvelamento de novas facetas do capital e das formas de enfrentá-lo? Na contramão de uma educação mercadológica, quais as possibilidades de emergirem práticas político-educativas que, articuladas à defesa do território, tenham como horizonte a emancipação humana, consideradas as relações de classe, religiosidade, geração, gênero,raça e etnia ?
Submissão de artigos do número temático: entre 11/03/2025 a 10/06/2025.
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CHAMADAS ANTERIORES TN 29 a TN 49
TN 29 - (Janeiro a Abril/2018) - GT 09 – Trabalho e Educação - 38° Reunião Anual da AnpEd – Democracia em risco: a pesquisa e a pós-graduação em contexto de resistência.
Organização: Dra Célia Vendramini(UFSC) e Profa. Dra. Mariléia Maria da Silva (UDESC).
EMENTA: Trabalhos encomendados, textos relativos ao mini curso e aos trabalhos apresentados no GT 09 – Trabalho e Educação, da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação, na ocasião da 38º Reunião Anual da AnpEd, realizada em outubro/2017 em São Luiz, Maranhão.
TN 30 - (Maio-Agosto /2018) - Políticas públicas de qualificação profissional da classe trabalhadora
Organização: Prof. Dr. Marcelo Lima - Lagebes/PPGE/UFES
EMENTA: A proposta visa dar lugar a pesquisas e reflexões sobre as políticas públicas de qualificação da força de trabalho. Muitos programas, planos e projetos relativos à educação básica e à qualificação profissional têm sido objetos dos governos no Brasil desde antes da ditadura civil-militar: PIPMOI, PIPMO, PREMEM, PROMED, PROEP, PLANFOR, PNQ, PROJOVEM, PROEJA, PROEMI e PRONATEC, dentre outros. Em geral, derivam da iniciativa da União que, atendendo a determinadas demandas da "sociedade", estabelece linhas de ação que, por meio de repasse de recursos públicos a instituições não estatais e/ou por meio de uma ação direta das redes públicas (federal, estadual e ou municipal) realizam determinado atendimento escolar. Tais políticas possuem grande impacto nas políticas públicas de educação estabelecendo um campo de disputa na luta pela hegemonia no estabelecimento das prioridades educacionais nos planos financeiro, econômico, ideológico e pedagógico.
Submissão de artigos: até 01 de abril de 2018
Nº 31 - (Setembro- Dezembro/2018) - Trabalho e educação em comunidades tradicionais
Organização: Ronaldo Lima e Doriedson Rodrigues - GEPTE / UFPA
EMENTA: Destina-se à publicação de estudos voltados para à análise de processos formativos e constituição do ser social trabalhador, a partir da relação trabalho e educação, mas com foco no que homens e mulheres vêm produzindo no interior de comunidades tradicionais, como quilombolas, ribeirinhas, indígenas, pescadoras, coletoras, no contexto de uma sociedade de classes, devendo os estudos problematizarem: como homens e mulheres de comunidades tradicionais organizam suas relações de trabalho e seus processos formativos considerando as metamorfoses do mundo do trabalho e as especificidades de suas experiências de trabalho, organização, formação e construção identitária. Abarca trabalhos, portanto, que tematizem as experiências de organização política, econômica, cultural e social de comunidades tradicionais, considerados também como processos de formação humana.
Submissão de artigos: até 01 de agosto de 2018
TN 32 - (Janeiro-Abril/2019) - O IV Intercrítica e as categorias fundantes do materialismo histórico-dialético no século XXI
Organização: Dante Moura (UFRN) e Ramon de Oliveira (UFPe).
EMENTA: Além dos resultados de pesquisas e estudos apresentados no IV Intercrítica - Intercâmbio Nacional dos Grupos de Pesquisa em Trabalho e Educação, o número temático destina-se à publicação de trabalhos que contemplem as seguintes questões: Contribuições do materialismo histórico para análise das relações entre trabalho, educação e sociedade. A classe trabalhadora hoje: questões de gênero, raça, etnia, geração e diversidade sexual. Estado e contra reformas neoliberais. Educação e luta de classes: ofensivas do capital e formas de resistência. Atualidade e perspectivas da pesquisa em trabalho e educação no Brasil.
Submissão de artigos: até 01 de novembro de 2018
TN 33 - (Maio a Agosto / 2019) - Trabalho, movimentos sociais e educação - Volume I
Organização: Maria Clara Bueno Fischer – Tramse (UFRGS) e Célia Regina Vendramini – TMT(UFSC)
EMENTA: A proposta do número temático visa dar visibilidade a práticas e estratégias político-educativas de lutas e movimentos sociais organizados na atualidade. Num contexto de profundo ataque e privatização de todos os direitos sociais, transformados em mercadoria e em que a classe trabalhadora está sendo corroída por dentro, pretendemos reunir análises teórico-metodológicas sobre diferentes movimentos, lutas sociais e formas organizativas de resistência e enfrentamento. Contempla análises de estratégias político-educativas e culturais de trabalhadores em diferentes espaços-tempo: trabalhadores rurais, urbanos, mulheres, quilombolas, índios, estudantes.
Submissão de artigos:até 01 de abril/2019
TN 34 - (Setembro a Dezembro / 2019) - Trabalho, movimentos sociais e educação - V. 2
Organização: Maria Clara Bueno Fischer – Tramse (UFRGS) e Célia Regina Vendramini – TMT(UFSC)
EMENTA: A proposta do número temático visa dar visibilidade a práticas e estratégias político-educativas de lutas e movimentos sociais organizados na atualidade. Num contexto de profundo ataque e privatização de todos os direitos sociais, transformados em mercadoria e em que a classe trabalhadora está sendo corroída por dentro, pretendemos reunir análises teórico-metodológicas sobre diferentes movimentos, lutas sociais e formas organizativas de resistência e enfrentamento. Contempla análises de estratégias político-educativas e culturais de trabalhadores em diferentes espaços-tempo: trabalhadores rurais, urbanos, mulheres, quilombolas, índios, estudantes.
Submissão de artigos:até 01 de abril/2019
TN 35 (Janeiro a Abril /2020) - História e historiografia em trabalho-educação
Organização: Maria Ciavatta - Grupo These (UFF/UERJ/Fiocruz)
EMENTA: Na história e na historiografia do Trabalho-Educação, tratamos de aprofundar o estudo da produção do conhecimento dentro do campo da história da educação em sua relação com o trabalho e em suas particularidades, tais como, as relações entre o capital e o trabalho, seus vínculos com a sociedade, a educação profissional, as políticas educacionais e sua expressão na cultura material em espaços formativos, o uso das imagens e de outras fontes documentais sobre a preparação para o trabalho na escola, nas empresas, nos movimentos sociais, na saúde etc. Do ponto de vista teórico-metodológico, temos a história como produção social da existência e a história como método de pesquisa. Entendemos a história como o processo real da vida dos homens em sociedade, com os acontecimentos, as estruturas e os sujeitos sociais. A história como método é sua representação ao nível do pensamento, seus relatos e narrativas. A historiografia é a análise crítica da história escrita, o amadurecimento do campo científico que pensa sobre seu próprio fazer.
Submissão de artigos: até 01 de setembro/2019
TN 36 - (Maio a Agosto /2020) - Lutas no campo e o “comum” na América Latina
Organização: Ana Maria Motta Ribeiro - Observatório Fundiário Fluminense (UFF) e William Kennedy do Amaral Souza - TECA (IFRO)
EMENTA: Na contemporaneidade, os impactos do alto padrão de concentração fundiária e ambiental, assegurado por políticas neoliberais, têm atingido proporções de desastre, afetando sobremaneira a materialidade e a imaterialidade da reprodução da vida dos povos originários e tradicionais do continente latino-americano. São povos historicamente expropriados que acessam a terra e garantem seus territórios por meio de lutas contra as formas de submissão que lhes querem impor as elites agrárias. Tendo em conta as contradições capital/trabalho/natureza no contexto da acumulação flexível do capital, este número da Revista pretende refletir sobre as relações entre seres humanos e natureza mediados pelo trabalho, entendidas como elementos de reprodução da vida, o que tem se revelado em condições não necessariamente capitalistas, e que emergem como alternativa crítica ao modo hegemônico de produção da vida. Numa perpectiva interdisciplinar, e a partir de pesquisas empíricas, a TN busca contribuições teórico-metodológicas de autores/as do campo Trabalho e Educação e de outros campos do conhecimento.
Submissão de artigos: 01 de outubro/2019
TN 37 - (Setembro a Dezembro/2020) - Trabalho, cultura e políticas educacionais na Amazônia
Organização: Doriedson do Socorro Rodrigues (Gepte/UFPA), Odete da Cruz Mendes (GEPEAGEAT/UFPA) e Arminda Rachel Mourão (UFAM)
EMENTA: Destina-se à publicação de estudos e pesquisas voltadas à análise de aspectos ambientais, socioculturais e educacionais, além de as formas de trabalho que se constituem na Amazônia, problematizando as desigualdades regionais existentes no Brasil, na historicidade dos processos de reprodução ampliada do capital. Busca focalizar as múltiplas dimensões das políticas públicas de educação para crianças, jovens e adultos trabalhadores/as e, em particular, para indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas da região. Serão abordadas as riquezas culturais, as linguagens, os modos de vida e as relações seres humanos/natureza, mediadas por experiências de organização social fundadas no trabalho coletivo. Destacamos os saberes e visões cosmológicas ímpares e plurais construídas nos diferentes espaços/tempos existenciais, os quais podem ser entendidos no âmbito das contradições capital/trabalho e das relações entre Estado, educação escola, cultura e o trabalho de produção da vida material e simbólica, ao longo da história de resistência desses povos. O trabalho e a cultura são entendidos como categorias histórico-ontológicas: homens e mulheres produzem cultura, e ao mesmo tempo, trabalham de acordo uma determinada cultura.
Prazo para submissão: 01 de abril de 2020
TN 38 (Janeiro a Abril/2021) - Trabalho, Gênero e Feminismos
Organização: Tatiana Dahmer Pereira - Teia (UFF) e Maria Cristina Paulo Rodrigues - Neddate e Teia (UFF)
EMENTA: Historicamente, as relações de gênero, assim como as relações de classe e raça têm se constituído como fundamentos da vida social, e como tal, assumem dimensões educativas na perspectiva da conformação de um determinado tipo de ser humano, sustentado no padrão homem/branco/heterossexual. O objetivo deste número da TN é articular estudos que exponham pensamentos críticos a estas relações, com destaque para a questão do trabalho na construção social das relações de classe, sexo e raça/etnia, para os movimentos feministas, e, por fim - mas não menos importante - contribuições e interlocuções com os estudos de gênero e diversidade. Nesse sentido, o n.38 da TN encontra-se aberto às seguintes questões: (i) estados da arte e debates sobre estudos de gênero e feminismos; (ii) relações sociais de sexo, divisão sexual do trabalho e desigualdades; (iii) diversidade e estudos de gênero; (iv) resultados de pesquisas e investigações para teses e dissertações sobre essas dimensões.
Prazo para submissão: 01 de setembro/2020
PRORROGADO ATÉ 20 DE OUTUBRO/2020
TN 39 (Maio a Agosto/2021) - A Reforma do Ensino Médio na contramão da democracia
Organização: Ronaldo Marcos de Lima Araújo ( Gepte/ UFPA) e Mônica Ribeiro da Silva (Observatório do Ensino Médio /UFPR)
EMENTA: A Reforma do Ensino Médio, com a edição da MP n. 746/16 e a aprovação da Lei n. 13.415/17, estabeleceu as diretrizes para um processo regressivo na democratização do Ensino Médio. A Reforma normatiza as redes públicas e privadas, atingindo de forma diferenciada os alunos e alunas, dependendo das instalações e da qualidade das escolas, dos recursos didático-pedagógicos dos professores e do poder aquisitivo dos estudantes que frequentam uma rede ou outra. Análises iniciais de perspectiva crítica apontam que, tendencialmente, a Reforma reedita o passado, encaminhando os filhos das famílias trabalhadoras para o itinerário formação profissional, e as classes de maior renda ao conhecimento das ciências matemáticas, da natureza, das linguagens e das ciências humanas e sociais que balizam o acesso ao ensino superior. Agudizará, portanto, a desigualdade social e comprometerá a institucionalidade democrática. Este número da revista acatará artigos que resultem de pesquisas que, sob uma perspectiva crítica e emancipadora, tratem desse processo de implementação nos estados, seus princípios, processos de gestão da reforma, continuidades e descontinuidades nos desenhos curriculares, participação e percepção da comunidade, bem como seus possíveis impactos.
Prazo para submissão: 16 de novembro/2020
TN 40 (Setembro a Dezembro/2021) - Educação de Jovens e Adultos Trabalhadores: história, processos de luta e resistência.
Organização: Sonia Rummert e Jacqueline Ventura - coordenadoras do EJATRAB/ Neddate (UFF)
EMENTA: O número temático objetiva divulgar estudos e pesquisas que, à luz da relação Trabalho-Educação, abordem as especificidades da Educação de Jovens e Adultos Trabalhadores no rico processo de constituição do indivíduo como ser social, considerando o caráter historicamente heterogêneo da classe trabalhadora, tanto na realidade brasileira quanto na dos demais países. A proposta convida à reflexão acerca da complexidade, dos condicionantes, dos limites e das potencialidades de concepções de educação formal e não formal que, ao longo da história marcam políticas e ações destinadas à educação dos jovens e dos adultos da classe trabalhadora, aos quais vem sendo negado, sob diferentes estratégias, o pleno direito à educação de qualidade socialmente referenciada. Também abrigará abordagens acerca de processos de luta e de resistência aos mecanismos de negação desse direito, seja no âmbito dos movimentos sociais, seja no interior dos sistemas educacionais, desvelando suas relações com a totalidade social e as tensões daí advindas. Do mesmo modo, serão acolhidos trabalhos voltados para o resgate e a sistematização de experiências de resistência e de luta por parte dos trabalhadores em prol de sua própria educação. Assim, o n. 40 abarca desde novas contribuições à história da educação da classe trabalhadora até as atuais políticas que concorrem para processos regressivos no âmbito do direito à educação em virtude dos muitos ataques dirigidos ao mundo do trabalho. Em suma, esse número pretende, a partir da cooperação dos autores que o integrarem, explicitar a riqueza do tema, sua complexidade e sua enorme relevância para os processos de luta pela emancipação da classe trabalhadora.
Prazo para submissão: 15 de julho/2021
TN 41 (Janeiro a Abril/2022) - Questão agrária e lutas no campo: experiências camponesas
Organizadoras: Jacqueline Botelho (NEPEQ/UFF) e Leonilde Servolo de Medeiros (NMSPP/CPDA/UFRRJ)
EMENTA: Vivemos na contemporaneidade uma crescente precarização da vida dos trabalhadores rurais e urbanos. No caso dos trabalhadores do campo, verifica-se o recrudescimento das tensões em torno da questão agrária, com a progressiva hegemonia do agronegócio, expressa na permanência da concentração fundiária, na crescente expropriação, no envenenamento do solo, da água e do ar, pelo uso crescente de agrotóxicos, com graves consequências para a saúde da população do campo e da cidade. A Revista Trabalho Necessário, em seu n. 41, a ser lançado no primeiro quadrimestre de 2022, convoca pesquisadores(as) para contribuir com reflexões oriundas de pesquisas sobre: o avanço do capital no campo e as experiências de luta e resistência de homens, mulheres, jovens, pela reforma agrária; de indígenas, quilombolas em defesa de seu território; pelo bem comum nas associações produtivas e coletivas; de mobilizações contra perda de direitos e contra o desmonte de políticas públicas, pela educação do campo, bem como análises sobre processos de violência e repressão. Serão benvindas contribuições a respeito da questão agrária nos países da América Latina.
Prazo para Submissão: até 05 de dezembro/2021
TN 42 (Maio a Agosto/2022) - O empresariamento da educação e o Estado-educador brasileiro
Organizadores: Rodrigo Lamosa (LIEPE/UFRRJ) e Marco Lamarão (Colemarx / IFF - Macaé)
EMENTA: Ante a crise econômica e sanitária que assola a economia em termos globais, a necessidade tanto de conformação do trabalho vivo adequado à intensa precarização do mundo do trabalho e a necessidade da reprodução ampliada do capital, o fundo público passa a ser alvo das disputas de distintos setores das classes dominantes. No Brasil, a escola e a educação públicas têm sido objetos de intensas disputas, ainda mais acirradas mediante a organização de duas frentes que tensionam os sentidos da educação e da escola pública: a frente ultraconservadora e a frente ultraliberal. Constituintes do bloco no poder que ora controla o aparelho do Estado stricto sensu, as frentes têm somado esforços para implementar suas contrarreformas que agem no sentido de: aumentar a precarização do trabalho, privatizar direta e indiretamente os recursos da escola pública (orçamentário, de infraestrutura, etc.;), aumentar o controle do trabalho e da formação docente; reorganizar os currículos, implementando currículos mínimos para as etapas e modalidades. A Revista Trabalho Necessário nº 42 terá como tema as disputas em torno da educação, com especial atenção as iniciativas empresariais em torno de políticas públicas educacionais, projetos, parcerias, etc. Tratará, portanto, do empresariamento da educação de forma ampla, e convida pesquisadores da área que tenham interesse nas temáticas supracitadas a contribuírem com suas reflexões originadas por suas pesquisas.
Prazo para Submissão: até 15 de abril2022
TN 43 (Setembro a Dezembro/2022) - Trabalho, natureza e educação ambiental crítica
Organizadores: Alexandre Maia do Bomfim (GPTEEA-IFRJ)
EMENTA: O número temático acolherá pesquisas e estudos teóricos e empíricos que contribuam para análise da historicidade das relações entre seres humanos e natureza, e para a explicitação dos fundamentos teórico-metodológicos de uma Educação Ambiental Crítica (EA-Crítica). Serão reunidos artigos sobre a crítica à sociedade capitalista e que tenham em conta, entre outros, os processos de mercantilização da natureza, de degradação e devastação antrópicas; a análise do avanço do agronegócio, especialmente da monocultura e do neoextrativismo sobre os territórios dos povos e comunidades tradicionais. Será dado destaque às políticas do sistema do capital que têm gerado crimes socioambientais e conflitos, sejam no campo, sejam nas cidades e periferias. Serão consideradas as lutas de classe, formas de resistência, os processos formativos dos movimentos sociais no contexto da educação do campo e da agroecologia, e outras perspectivas antagônicas às do capital, impostas ao meio ambiente. Desejam-se trabalhos calcados em concepções e práticas de Educação Ambiental Crítica (EA-Crítica) que se distingam de uma EA acrítica, conservadora e mantenedora da ordem do capital. Destarte, a proposta desse número é publicar estudos que considerem as relações entre trabalho, natureza e ambiente, tendo em conta suas implicações à educação.
Prazo para Submissão: até 20 de maio/2022
TN 44 (Janeiro a Abril/2023) - Crise do capital, luta de classes e educação hoje: utopia ou barbárie
Organizadores: Lucas Pelissari (IFPR e GT Trabalho e Educação da Anped) Marise Ramos (Grupo These – UFF/UERJ/Fiocruz)
EMENTA: A crise estrutural do capital nos limites da utopia (revolução) versus barbárie. Metamorfoses e crise do mundo do trabalho assalariado e os impactos na sociabilidade contemporânea. As contrarreformas do golpe de Estado de 2016 na sociedade brasileira e a educação da classe trabalhadora: correlação de forças no movimento de crítica e superação. O V Intercritica, GT 09 e a produção científica das pesquisas em Trabalho-Educação como “força material”: experiências e perspectivas da práxis política.
Prazo para Submissão: até 10 de fevereiro/2023
TN 45 (Maio a Agosto/2023) - 20 Anos da TN: a produção científica no combate às investidas do capital
Orgs: Maria Cristina Paulo Rodrigues, Sandra Moraes e Jaqueline Ventura (Neddate/UFF)
Ementa: A luta por uma sociedade cujo horizonte é a reprodução ampliada da vida, implica reivindicar o direito ao trabalho, educação, terra, saúde, moradia e o entendimento das formas pelas quais o capitalismo produz a precarização do trabalho. Conforme nossa linha editorial, nas sociedades cindidas em classes sociais antagônicas, a produção do conhecimento está sempre vinculada a uma determinada concepção da realidade. Não existe neutralidade na produção e socialização do conhecimento científico; por isso, na superação do capitalismo, o embate político - teórico e prático – não pode ser deixado de lado. Além de interpretar o mundo, as ciências engajadas podem ser concebidas como parte integrante dos processos de resistência e de luta contra relações sociais opressoras. Nesse número comemorativo da Revista Trabalho Necessário, queremos rememorar seus 20 anos de publicação de estudos e pesquisas sobre mundo do trabalho, trabalho-educação e formação humana. Receberemos, ainda, artigos de autores convidados sobre os desafios de periódicos científicos e outras mídias frente ao contexto de negacionismo científico, internacionalização e mercantilização da produção acadêmica, interferência do capital na Ciência Aberta e na avaliação de periódicos.
Submissão: até 15 de maio de 2023 (Nesta edição não receberemos, excepcionalmente, trabalhos de demanda espontânea.)
TN 46 (Setembro-dezembro/2023) - Trabalho, história e memória dos povos de "Nuestra América".
Orgs: Ana Elizabeth Alves; Doriedson Rodrigues e Maria Clara Fischer (Minka – UESB, UFPA, UFRGS); Jesus J. Pérez García e Dora Lídia Marqués (Cemarna/UPR); Boris Maranõn e Hilda Caballero (Instituto de Investigaciones Económicas/UNAM);
Ed. adjuntos: Marisa Oliveira (UESB) e Wiliam Kennedy Souza (IFRO)
Ementa: Desde o final do século XV, o avanço do capitalismo sobre outros modos de produção da existência humana tem tornado Nuestra América (José Martí) palco de lutas por independência, pelo socialismo, constituição de Estados plurinacionais, pelo direito à educação, saúde, moradia, luta pela terra, território e defesa dos modos de vida, luta pelo acesso à água e a tudo o que é ou deveria ser ‘comum’. Pressionadas por bloqueios econômicos de cunho imperialista, práticas ancestrais persistem e são recriadas no campo e na cidade, marcadas pela lógica da reprodução ampliada da vida, do valor-comunidade, do trabalho coletivo e autogoverno. Aguardamos artigos sobre práticas sociais que se contrapõem ao neocolonialismo e ao fascismo, sendo bem vindas contribuições sobre geopolítica e blocos econômicos, marxismo e indianismo, pedagogias latino-americanas e práticas anticoloniais, modos de produção da existência em povos e comunidades tradicionais, saberes escolares e do trabalho, poder popular e autogestão comunal, tecnologias sociais, economia popular solidária e trabalho associado, movimentos de ocupação de terras, fábricas e moradias.
Submissão: até 10 de julho de 2023
TN 47 (janeiro-abril/2024) - Trabalho, história e memória dos povos de "Nuestra América".
Orgs: Ana Elizabeth Alves e Maria Clara Bueno Fischer (Minka – UESB, UFPA, UFRGS); Jesus J. Pérez García e Dora Lídia Marqués (Cemarna/UPR); Boris Maranõn e Hilda Caballero (Instituto de Investigaciones Económicas/UNAM);
Atenção: Devido ao grande número de artigos enviados para a TN 46, o número 47 corresponderá ao Tomo II de “Trabalho, história e memórias dos povos de Nuestra América” Sendo assim, não abriremos para novas submissões.
Submissão: Fechada
TN 48 (maio-agosto/2024) – Tecnologia e formação humana
Organizadores: Domingos Leite Lima Filho (NEDDATE/UFF e GETET/UTFPR) e Henrique Tahan Novaes (GPOD-FFC/UNESP-Marília)
Ementa: As tecnologias digitais têm forte presença na produção industrial e de serviços, com a progressiva introdução da inteligência artificial, indústria 4.0 e internet das coisas. O fenômeno abrange a vida cotidiana na cidade e no campo e, inclusive povos originários, que passam a enfrentar dilemas de acesso e manejo de tais tecnologias. A plataformização traz consigo a elevação do desemprego e da precarização das condições de vida da classe trabalhadora. A educação é uma das áreas mais impactadas. Assumem protagonismo grandes corporações de informação e comunicação, edtechs (startups da educação) e fundações e organizações privadas, buscando realizar, via financeirização e empresariamento, a apropriação dos fundos públicos, o controle da concepção e gestão dos sistemas educacionais. Receberemos estudos e pesquisas referenciadas no materialismo histórico dialético em diálogo com outras teorias críticas que abordem, entre outros: Dimensões da tecnologia na formação humana; Modos de produção da existência e inter-relações entre tecnologia, trabalho, ciência e cultura; Capitalismo digital, trabalho-educação e educação profissional; Tecnologias sociais, saberes ético-políticos e técnico-produtivos; Movimentos sociais, tecnologia e práxis educativa emancipatória.
Submissão: Fechada
TN Nº 49 (setembro- dezembro/2024) - Juventude trabalhadora: condições de vida, trabalho e ação coletiva
Orgs: Maria Cristina Paulo Rodrigues (NEDDATE e TEIA/UFF) e Marco Aurélio Santana (NETS – Núcleo de Estudos Trabalho e Sociedade/PPGSA-UFRJ);
Ementa: As mudanças no mundo do trabalho têm impactado fortemente a juventude trabalhadora, que enfrenta desemprego substancialmente maior do que outras faixas etárias, além de desproteção de direitos sociais.
A precariedade de suas condições de vida e trabalho não está homogeneamente distribuída segundo grupos sociais, mas com evidentes atravessamentos de raça e gênero. Tudo isso alude às dimensões formativas-educativas, bem como às suas formas de luta, organização e ação coletiva. Tendo este quadro em tela, diversas áreas do conhecimento têm se debruçado sobre o tema, produzindo um conjunto de pesquisas com diferentes metodologias, o que têm animado o debate, com rebatimentos, inclusive, nas possibilidades de construção de políticas públicas. A TN 49 acolherá resultados de pesquisas
e reflexões sobre juventude trabalhadora em suas diversas dimensões.
Submissão: Fechada