A voz corpórea como expressão do inefável: comentários sobre Mais do que palavras ao vento: voz, corpo e melodrama no cinema (2020)

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Jaques Cavalcanti

Resumo

A dissertação Mais do que palavras ao vento: voz, corpo e melodrama no cinema (2020), sob a autoria de Felipe Ferro Rodrigues, busca repensar a ideia do melodrama como a encenação do sofrimento da vítima silenciada, em que o corpo é o principal meio de manifestação simbólica do desejo reprimido. Esta definição, todavia, parece não levar em consideração a voz em sua materialidade mais natural. A limitação semântica não estaria relacionada à incapacidade de projeção vocal, mas sim da impossibilidade de organização lógica do discurso através da palavra. A partir da análise dos longas-metragens Carta de uma desconhecida (Max Ophüls, 1948) e Imitação da Vida (Douglas Sirk, 1959), o autor contesta a máxima de que o melodrama é o drama da mudez (Brooks, 1995), e o ressignifica como o espaço onde o vocal ultrapassa o oral.

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A voz corpórea como expressão do inefável: comentários sobre Mais do que palavras ao vento: voz, corpo e melodrama no cinema (2020). A Barca, [S. l.], v. 2, n. 1, 2024. DOI: 10.22409/abarca.v2i1.61523. Disponível em: https://periodicos.uff.br/abarca/article/view/61523. Acesso em: 6 dez. 2025.