Pertencimento étnico e compromissos morais: curdos em diáspora na Dinamarca e os direitos humanos no Curdistão
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2020.0i48.a41992Palabras clave:
Direitos Humanos, Curdistão, Dinamarca, Diáspora.Resumen
O conceito de alteridade significa a capacidade de se reconhecer no outro e de se colocar em seu lugar. A população curda em diáspora e a população curda no território curdo – por se considerarem mutuamente como pertencentes ao mesmo povo – mantêm fortes laços sociais, políticos e culturais entre si. Dentre as populações em diáspora ao redor do mundo é extremamente comum que grupos curdos se organizem, tanto como forma de criar laços de solidariedade em relação a questões políticas envolvendo o Curdistão quanto como forma de agir em prol dos curdos sofrendo no Curdistão. Este artigo busca analisar como tal movimento ocorreu com grupos na capital dinamarquesa durante a ofensiva do grupo terrorista Isis (Islamic State in Iraq and Syria) nas montanhas de Sinjar, no Curdistão iraquiano. A utilização do conceito de direitos humanos pelos grupos curdos em Copenhague faria parte de uma estratégia que mobilizaria atores políticos dinamarqueses em intervir em prol de uma minoria étnica e religiosa que estaria sofrendo uma tentativa de genocídio, ao mesmo tempo em que as disputas políticas da população curdo-dinamarquesa serviriam como pano de fundo. Logo, serão discutidas as formas pelas quais os direitos humanos e as moralidades advindas desse conceito são articuladas pelos indivíduos. Invocando a história curda – na qual, historicamente, os direitos humanos têm sido sistematicamente negados – e o papel histórico da Dinamarca como defensora dos mesmos direitos, tais atores buscam articular tanto o pertencimento étnico curdo como a identidade dinamarquesa.
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