v. 26 n. 1 (2024): Confluências, vol. 26 nº 1
É com grande satisfação que apresentamos a nova edição da Revista Confluências à comunidade. O número está bem especial e traz uma série de textos que, certamente, dialogam com temas, problemas e reflexões necessárias da contemporaneidade. Mantemos a tradição de publicar uma entrevista, uma tradução e uma resenha, todas inéditas. A entrevista, realizada pelos professores Joaquim Leonel de Rezende Alvim e Cleber Francisco Alves com o professor Kim Economides, será uma referência obrigatória e bastante atual nos estudos sobre o tema central do acesso à Justiça e suas ondas renovatórias. Apresentamos também uma tradução inédita do artigo intitulado “As comissões de conflitos fundiários: estrutura, desafios e conquistas”, escrito pelas pesquisadoras Josiane Caleffi Estivalet e Marli Marlene Moraes da Costa, que representa, igualmente, uma grande contribuição à necessária reflexão que envolve problemas como a questão fundiária, o acesso à terra, ao trabalho, ao território, à moradia e o direito a uma existência plena e as formas de resolução dos conflitos inerentes à luta por esses direitos. A resenha, intitulada “Da cidade mundo à cidade de quinze minutos: o novo paradigma urbano global?” é fruto da contribuição de Cecília Bojarski Pires. A pesquisadora se debruçou sobre o livro “Direito de Cidade: da «cidade-mundo» à «cidade de quinze minutos»”, para destacar os principais aspectos da obra do autor do Carlos Moreno. A segunda parte, composta por artigos, está repleta de importantes contribuições e reflexões sobre temas e desafios do nosso tempo, tais como uma análise comparada sobre a lotação de unidades socioeducativas entre o Amazonas e o Rio de Janeiro (na visão de Juliana Vinuto, Maria Nilvane Fernandes, Ricardo Peres da Costa), um esforço de compreensão das reações públicas e a Teoria Penal do Inimigo na violência ativista (fruto das formulações elaboradas por Thiago Perez Bernardes de Moraes e Rogério Pereira Leal), a análise da dosimetria da pena em sentenças de crimes de drogas a partir da problematização da discricionariedade e das moralidades na fixação da pena-base nos Tribunais de Justiça de Alagoas e de Sergipe (na perspectiva de Mariana Paganote Dornellas e Natalia Cardoso Amorim Maciel), um levantamento das razões para migrar e das fronteiras como brecha ao deslocamento (realizado por Aloisio Ruscheinsky, Neida Albornoz-Arias e Rina Mazuera-Arias), uma pergunta necessária “cadê os Yanomami?” é o ponto de partida de Lara Costa Barroso Andrade de Oliveira, Nayana Viana Dantas e Gabriela Maia Rebouças para refletir sobre o garimpo ilegal, a (in)atuação estatal e a violação dos Direitos Humanos e, por fim, fechamos a edição com um registro da presença sempre indispensável de Clóvis Moura para pensar a rebelião popular no Brasil recente (é o resgate do legado de Clóvis Moura realizado pelo pesquisador Ygor Santos de Santana).
Como não colocamos o bloco na rua sozinhos, registramos nossos profundos agradecimentos à equipe editorial da revista, integrada por discentes atuais, ex-discentes, professoras e professores do Programa que, além de tornarem o número possível, ainda fomentam um ambiente muito auspicioso, ávido por trazer, cada vez mais, inovações e textos inéditos para vocês.
Esperamos que o/a leitor/a se delicie com a leitura de mais um número da nossa querida Revista e que continue nos acompanhando para ter acesso às novidades que estamos sempre preparando. Aguardem e até o próximo número!
Carla Appollinario de Castro
(Em nome de toda a Equipe Editorial)