COLONIALIDADE DO PODER ADULTOCÊNTRICO E/NOS DIREITOS DE CRIANÇAS E JOVENS

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Resumo

Neste artigo estabeleço a base teórica da construção racializada do adultocentrismo que emerge com a intrusão colonial/moderna e se (re)configura até a atualidade. Parto da crítica à baixa consideração que os estudos descoloniais têm sobre as relações de poder existentes entre adultos e não-adultos, de modo a evidenciar que esta relação também foi reordenada com a invenção da raça na colonial modernidade e a invasão europeia da América. Em seguida, faço uma análise da colonialidade do poder adultocêntrico, procurando delimitar suas expressões e implicações no poder, no saber, no ser, na natureza e nos direitos de crianças e jovens. Por último, discuto a descolonização do poder adultocêntrico com base no desprendimento radical do discurso adultocêntrico das ideias de imaturidade e incompletude racional, e na valorização em igualdade de condições de outras concepções culturais de infância, adolescência e juventude, e de seus reflexos nos direitos e no Estado.

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Biografia do Autor

Assis da Costa Oliveira, Universidade Federal do Pará

Doutor em Direito pela Universidade de Brasília. Mestre e graduado em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professor da Faculdade de Etnodiversidade e do Programa de Pós-Graduação em Direito e Desenvolvimento na Amazônia, ambos da UFPA. Coordenador do Grupo Temático Direitos, Infâncias e Juventudes do Instituto de Pesquisa Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS).

Publicado

2021-12-04