Territorialidades LGBTQIA+ em uma escola
invisibilidades e estratégias de resistência a partir do ensino de Geografia
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v8i17.52304Palavras-chave:
Ensino de Geografia, territorialidades LGBTQIA , Gênero, InvisibilidadeResumo
Este artigo propõe discutir o espaço escolar a partir das noções geográficas de território e de territorialidade como expressão de práticas espaciais mobilizadoras da discussão de gênero e de sexualidade, dando ênfase a grupos de estudantes LGBTQIA+. Estes que por muitos componentes da comunidade escolar são considerados desviantes aos padrões socioculturais heteronormativos e hegemônicos e vêm enfrentando nas últimas décadas um apagamento por parte de políticas educacionais que se posicionam claramente sobre a inclusão e diversidade no âmbito dessas discussões. Para tanto, elegemos o conceito de território (e seus derivativos: territorialidades e territórios vividos) como direcionamento para o estudo, visto que as práticas espaciais se tornam experiências “marginais” implicando na quebra de barreiras, geração de conflitos e na construção de territorialidades a partir de relações de poder.
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