Equidade e Contextualização na BNCC
limites e possibilidades para a educação crítica e cidadã no ensino de Geografia
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v10i23.61715Palavras-chave:
Ensino Médio, Práticas educacionais, Interesses dominantes, Currículo, ReproduçãoResumo
O presente artigo analisa a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e seu impacto na educação, com ênfase nas orientações para o Ensino Médio voltadas para o ensino de Geografia. A pesquisa qualitativa, com suporte bibliográfico e documental, questiona se o modelo proposto pode inadvertidamente perpetuar práticas educacionais que reproduzem as desigualdades sociais e atendem aos interesses dominantes da classe burguesa, em vez de promover uma educação que verdadeiramente transforme a sociedade. Os resultados revelam que, apesar de a BNCC enfatizar a contextualização e a adaptabilidade curricular, ainda impõe um modelo restritivo ao exigir um currículo mínimo que não se adequa as diversidades e desigualdades regionais. Conclui-se que, para uma educação realmente inclusiva e transformadora, é necessário que os currículos sejam elaborados com a participação ativa dos professores, gestores e comunidades, respeitando as necessidades e realidades locais, para assim combater a reprodução das desigualdades sociais.
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