Esperançar em tempos pandêmicos
a Beleza e a Educação Estética como direitos fundamentais da humanidade
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2021.v14iesp..a51035Palavras-chave:
educação est´ética, formação docente, beleza, princípios freireanos, experiênciasResumo
O presente texto tem como mirada convocar que sonhemos e experimentemos uma Educação viva e orgânica que acontece pelo viés do corpo e dos sentidos, que prima pela beleza, pelo coletivo, que se propaga pela experiência, pelos movimentos democráticos e que a cada dia nos aproxima mais da utopia como processo de transformação da realidade. Para isso, nos conectamos aos fios dos princípios e conceitos Freirianos esparramados por suas diversas obras, entremeando-os ao conceito de Educação Estética (DUARTE JR., 2000), atrelado à beleza (HILLMAN, 2010; VECCHI, 2017; PERISSÉ, 2014) e entretecido pela experiência Larroseana, que convida os/as sujeitos/as a se integrarem ao que está ao redor. Atentas ao contexto de pandemia e do desgoverno que vivemos, pontuamos o quanto temos sido afetadas em nossas múltiplas dimensões, e agora, mais do nunca apostamos nos conceitos anteriormente citados - Educação Estética, experiência, beleza, sonhos - como direitos fundamentais à humanidade, que se configura complexa, heterogênea, plural, como alerta Krenak (2019). Buscamos construir utopias cotidianas no trabalho, nas instituições nas quais atuamos - na Educação Básica e na Universidade -, na pesquisa, na formação e na vida, primando pela coletividade, pelo ser ao invés de ter, pela boniteza, em um processo cíclico de conectar a realidade a partir de uma postura crítica. Assim sendo, o nosso texto é, primeiramente, um convite a criação e fortalecimento de Inéditos-viáveis.
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