Manifesto por uma Educação Ambiental Indisciplinada
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2020.v0i0.a40204Abstract
O objetivo deste ensaio é o de trazer ao debate algumas leituras interpretativas da conjuntura ecopolítica nacional - demarcada pelo vertiginoso retrocesso ambiental -, combinada com a conjuntura global do emergente colapso climático, no marco histórico dos primeiros seis meses do governo Bolsonaro, regime político declaradamente pautado pelo signo do antiecologismo e pela crença negacionista climática. De posse desses subsídios conjunturais, nosso propósito é de refletir em que medida essa conjuntura interage com o contexto sociopolítico no campo da Educação Ambiental. A questão do debate gira em torno de saber se e como essa nova realidade ecopolítica desafia a capacidade de atualização da educação ambiental brasileira para reagir à altura da nova conjuntura da intensificação da luta ambiental democrática contra políticas ecocidas. O horizonte aqui é o de compreender sob quais condições a Educação Ambiental poderá ser afetada e modificada ante o traumático, intenso e multifacetado drama social ecopolítico brasileiro, drama social que comporta simultaneamente o risco da estagnação seguindo conformando um sujeito ecológico conservador e a oportunidade da mudança para a formação de um sujeito irreverentemente ecopolítico.Downloads
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