A pipa como um fé(i)tiche: passando ao largo de dicotomias

Autores

  • Maria de Fátima Aranha de Queiroz e Melo Universidade Federal de São João Del Rei, São João Del Rei, MG

Palavras-chave:

fé(i)tiche, brinquedo, pipa.

Resumo

Operamos com o conceito de fé(i)tiche, proposto por Latour, para entender o poder de influência e aglutinação de um brinquedo milenar  na relação com os humanos que o têm como um objeto de alta significação em suas biografias. Neste artigo, a palavra fetiche foi problematizada para assumir uma versão composta que se traduz, ao mesmo tempo, como fato e feitiço, objeto feito e objeto encantado, passando ao largo das dicotomias entre o que é fabricação e o que é realidade. Na busca por restaurar a integração dos todos que foram cindidos pelo pensamento moderno, opta-se por estudar os fenômenos como efeitos de cadeias cujos mediadores são investigados tendo o mesmo valor enquanto operadores de efeitos.  Foram privilegiadas as narrativas de pipeiros coletadas em entrevistas, assim como contribuições encontradas na literatura, realçando o poder de encantamento do papagaio de papel como objeto sagrado que protagoniza eventos e mobiliza afetos e ações.

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Biografia do Autor

Maria de Fátima Aranha de Queiroz e Melo, Universidade Federal de São João Del Rei, São João Del Rei, MG

Psicóloga (UFRJ), professora do Mestrado em Psicologia da UFSJ, Mestre em Educação (PUC-Rio), Doutora em Psicologia Social (PPGPS-UERJ), Membro do LAPIP, Coordenadora da Brinquedoteca da UFSJ

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Publicado

2017-02-11

Como Citar

DE QUEIROZ E MELO, M. DE F. A. A pipa como um fé(i)tiche: passando ao largo de dicotomias. Fractal: Revista de Psicologia, v. 28, n. 3, p. 341-350, 11 fev. 2017.

Edição

Seção

Artigos