For a clinic of territory in the context of SUS

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v33i1/5782

Keywords:

clinical practice, health, territory, sustentabilidade, cartographic narrative

Abstract

This paper examines possible paths for a clinical practice in/of territory, in the context of the Sistema Único de Saúde (SUS), the Brazilian unified health system. The work trajectory as a psychologist of one of its authors, from 2007 to 2015, in different units of SUS served as a field to a cartography, which is used as a method of research-intervention. In this context, we follow the constitution processes of different ways of thinking and doing clinical work, based on records of everyday work scenes. These, once revisited, composed a cartographic narrative of experiences. The research was guided by some notions: of clinical, as a catalyst for meetings that produces passages and deviations, operated in the “between borders”; of health, as a production process, carried out through assemblages; of territory, as a space of life and process. With this research, we claim that it is possible to build a clinical practice of “assembling bodies” that takes place “in” the people’s life territory, and “of” territory, when it incorporates its elements and when it accompanies the movement of (de) construction of subjective landscapes, on a collective and moving plane. By engaging with the plan of constitution of life, where it actually takes place, this clinical work becomes political, positions itself against the sociability regimes put in place, strengthening the public aspects of SUS.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Mariane Marques Santos Amaral, Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, SE

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Sergipe (2006). Especialista em Saúde Mental pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Universidade do Estado da Bahia. Mestre em Psicologia Social pela Universidade Federal de Sergipe (2015). Especialista em Psicologia Analítica pela Profint (2020). Foi professora substituta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Sergipe (2009) e trabalhou como apoiadora institucional tanto na Rede Cegonha/Ministério da Saúde (2011-2013) como na Rede de Atenção Psicossocial de Aracaju (2015-2017 e 2018-2019). Tem experiência na área da Psicologia Social e Institucional, atuando principalmente nos campos da saúde coletiva, saúde mental e saúde materno-infantil. Atualmente realiza Acompanhamento Terapêutico (AT) e psicoterapia individual, além de trabalhar no SUS como psicóloga no Centro de Atenção Psicossocial Liberdade em Aracaju-SE (desde 2009).

Liliana da Escóssia, Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, SE

Possui Doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003), Doutorado Sanduíche pelo Centre de Recherche en Epistemologie Apliqué - Ecole Polytechnique de Paris (2002). Mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997). Entre 2009 e 2010 realizou pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense. Aposentou-se como professora titular da Universidade Federal de Sergipe, em 2019. Atua e realiza pesquisas no campo da Psicologia Social e Institucional, Saúde Coletiva e Saúde Mental, com ênfase nos seguintes temas: saúde e produção de subjetividade; tecnologias e modos de subjetivação/individuação; produção de coletivos e territórios em saúde, políticas e práticas de redução de danos, cuidado na rua, humanização e práticas coletivas em saúde. 

References

ALEXANDRE, Marta de Lima; ROMAGNOLI, Roberta Carvalho. Prática do Psicólogo na Atenção Básica – SUS: conexões com a clínica no território. Contextos Clínicos, São Leopoldo, v. 10, n. 2, p. 284-299, jul./dez. 2017. http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2017.102.12

ALVAREZ, Johnny; PASSOS, Eduardo. Cartografar é habitar um território existencial. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 131-149.

ARAÚJO, Fábio. Um passeio esquizo pelo acompanhamento terapêutico: dos especialismos à política da amizade. Niterói: Edição do autor, 2007.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 22 ago. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada. Brasília: MS, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_compartilhada.pdf. Acesso em: 26 jan. 2018.

CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1978.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997. v. 4.

DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998.

DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

ESCÓSSIA, Liliana da. O coletivo como plano de coengendramento do indivíduo e da sociedade. Aracaju: EDUFS, 2014.

FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1977.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 16. ed. Tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 2001.

FOUCAULT, Michel. Conversa com Michel Foucault (Entrevista com D. Trombadori). In: MOTTA, Manoel Barros da (Org.). Repensar a política: Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. Coleção Ditos & Escritos, v. 6, p. 289-347.

FOUCAULT, Michel. A coragem da verdade: o governo de si e dos outros II. Curso no Collège de France (1983-1984). São Paulo: Martins Fontes, 2011.

FUGANTI, Luiz. Saúde, desejo e pensamento. São Paulo: Linha de Fuga, 2008.

GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34, 1992.

IGNÁCIO, Paula Sales. Caminhos para a avaliação: a construção de uma proposta de avaliação de dispositivos que favorecem a diretriz de clínica ampliada da Política Nacional de Humanização na Atenção Básica. 2011. 168 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública)–Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz, Rio de Janeiro, 2011.

KASTRUP, Virginia. O método da cartografia e os quatro níveis de intervenção. In: CASTRO, Lúcia Rabello de; BESSET, Vera Lopes (Org.). Pesquisa-intervenção na infância e juventude. Rio de Janeiro: Nau, 2008. p. 465-481.

LEMKE, Ruben Artur; SILVA, Rosane Azevedo Neves da. Um estudo sobre a itinerância como estratégia de cuidado no contexto das políticas públicas de saúde no Brasil. Physis, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 979-1004, jul./set. 2011. https://doi.org/10.1590/S0103-73312011000300012

LIMA, Elizabeth Maria F. de Araújo; YASUI, Silvio. Territórios e sentidos: espaço, cultura, subjetividade e cuidado na atenção psicossocial. Saúde em debate, Rio de Janeiro, v. 38, n. 102, p. 593-606, set. 2014. http://dx.doi.org/10.5935/0103-1104.20140055

MACERATA, Iacã; SOARES, José Guilherme Neves; RAMOS, Julia Florêncio Carvalho. Apoio como cuidado de territórios existenciais: atenção básica e a rua. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 18, supl. 1, p. 919-930, 2014. https://doi.org/10.1590/1807-57622013.0210

MACHADO, Dagoberto de Oliveira. Movimentos na educação física: por uma ética dos corpos. 2011. 113 f. Dissertação (Mestrado)–Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

MACHADO, Dagoberto de Oliveira; VASCONCELOS, Michele de Freitas F. de; MELO, Aldo Rezende de. O corpo como fio condutor para ampliação da clínica. Revista Polis e Psique, v. 2, n. 3, p.147-170, 2012. https://doi.org/10.22456/2238-152X.40325

MACHADO, Leila Domingues; LAVRADOR, Maria Cristina Campello. Por uma clínica da expansão da vida. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 13, supl.1, p. 515-521, 2009. https://doi.org/10.1590/S1414-32832009000500004

MARTINS, Carlos José. Figurações de uma atitude filosófica não fascista. In: RAGO, Margareth; VEIGA-NETO, Alfredo (Orgs.). Para uma vida não fascista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. p. 51-62.

MONKEN, Mauricio et al. O território na saúde: construindo referências para análises em saúde e ambiente. In: MIRANDA, Ary Carvalho de et al. (Org.). Território, ambiente e saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008. p. 23-42.

NIETZSCHE, Friedrich W. Vontade de poder. Tradução de Marcos Sinésio Pereira Fernandes e Francisco José Dias de Moraes. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008.

PASSOS, Eduardo; BARROS, Regina Benevides de. A cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virginia; ESCÓSSIA, Liliana da (Org). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 17-31.

SANTOS, Milton. O retorno do território. In: SANTOS, Milton; SOUZA, Maria Adélia de; SILVEIRA, Maria Laura (Org.). Território: globalização e fragmentação. 4 ed. São Paulo: Hucitec/ANP, 1998. p. 15-20.

SENNETT, Richard. O declínio do homem público. São Paulo: Cia das Letras, 1988.

VEYNE, Paul M. Como se escreve a história: Foucault revoluciona a história. Brasília: UNB, 1982.

Published

2021-03-01

How to Cite

AMARAL, M. M. S.; DA ESCÓSSIA, L. For a clinic of territory in the context of SUS . Fractal: Journal of Psychology, v. 33, n. 1, p. 31-40, 1 Mar. 2021.

Issue

Section

Articles