Mulheres em cargos profissionais de chefia: o paradoxo da igualdade

Autores/as

  • Fabia Alberton de Silva Galvane Universidade do Extremo Sul Catarinense
  • Giovana Ilka Jacinto Salvaro Universidade do Extremo Sul Catarinense
  • Adriana Zomer de Moraes Centro Universitário Barriga Verde

Palabras clave:

igualdade de gênero, desigualdade de gênero, trabalho, estratégias de poder

Resumen

O artigo aqui apresentado foi construído a partir de informações obtidas em uma pesquisa realizada no ano de 2009, apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso da Psicologia, ao Centro Universitário Barriga Verde - UNIBAVE (GALVANE, 2009). A pesquisa teve como objetivo geral verificar os sentidos produzidos por mulheres que ocupam cargos de chefia em indústrias de uma cidade do sul de Santa Catarina, Brasil.  O modelo de pesquisa foi o qualitativo proposto por González Rey (2005). Os sujeitos da pesquisa foram sete mulheres e as informações obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas. Neste artigo, propõe-se revisar informações obtidas e ampliar discussões outrora realizadas, utilizando-se das contribuições teóricas de Joan Scott e Judith Butler. Entre outras questões relevantes, o estudo sugere que as entrevistadas utilizam concepções baseadas em “certa essência feminina” como estratégia de visibilidade, permanência e poder no mercado de trabalho.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Fabia Alberton de Silva Galvane, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Psicóloga formada pelo Centro Universitário Barriga Verde. Especialização em Gestão Estratégica de Pessoas (em andamento).

Citas

ABRAMO, L. A inserção da mulher no mercado de trabalho: uma força de trabalho secundária? 2007. Tese (Doutorado)__Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

BEAUVOIR, S. O segundo sexo. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1968.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2010.

BUTLER, J. Mecanismos psíquicos del poder. 3. ed. Madrid: Cátedra, 2011.

BUTLER, J. Deshacer el género. Barcelona: Paidós Ibérica, 2012.

CAPPELLIN, P. As desigualdades impertinentes: telhado, paredes ou céu de chumbo? Rev. Gênero, Niterói, v. 9, n. 1, 2008. Disponível em: <http://www.revistagenero.uff.br/index.php/revistagenero/article/view/97/73>. Acesso em: 09 mar. 2014.

DELPHY, C. Patrarcat (Théories du). In: HIRATA, H. et al. (Org.). Dictionnaire du feminisme. Paris: PUF, 2000.

FRIEDAN, B. Mística feminina. Petrópolis, RJ: Vozes, 1971.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

FOUCAULT, M. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, H.; RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. p. 231-249.

GALVANE, F. A. S. Gênero e trabalho: os sentidos produzidos por mulheres que ocupam cargos de chefia em indústrias de uma cidade do sul de Santa Catarina. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)__Centro Universitário Barriga Verde - UNIBAVE, Orleans, SC, 2009.

GONZALEZ REY, F. L. Pesquisa qualitativa em Psicologia: caminhos e desafios. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.

LAGO, M. C. S. Conceituando gênero: curso de atuação política para mulheres. Florianópolis: ICESPE, 1999.

MELO, H. P. de. Invisibilidade do trabalho feminino: uma violência disfarçada - notas preliminares. In: TORNQUIST, C. S et al. (Org.). Leituras de resistência: corpo, violência e poder. Florianópolis: Mulheres, 2009. p. 165-184.

PEDRO, J. M. Traduzindo o debate: uso da categoria gênero na pesquisa histórica. História, São Paulo, v. 24, n. 1, 2005. p. 77-98.

SAFFIOTI, H. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. São Paulo: Expressão Popular, 2013.

SAFFIOTI, H. Rearticulando gênero e classe social. In: COSTA, A. O.; BRUSCHINI, C. (Org.). Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992. p. 183-211.

SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995.

SCOTT, J. O enigma da igualdade. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13, n. 1, p. 11-30, jan./abr. 2005.

SOUZA-LOBO, E. A classe operária tem dois sexos: trabalho, dominação e resistência. São Paulo: Brasiliense, 1991.

SOUZA-LOBO, E. A classe operária tem dois sexos: trabalho, dominação e resistência. 2. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2011.

##submission.downloads##

Publicado

2015-11-25

Cómo citar

ALBERTON DE SILVA GALVANE, F.; JACINTO SALVARO, G. I.; ZOMER DE MORAES, A. Mulheres em cargos profissionais de chefia: o paradoxo da igualdade. Fractal: Revista de Psicologia, v. 27, n. 3, p. 301-309, 25 nov. 2015.