Travail et maladie:
congés psychiatriques chez les professionnels de la santé en milieu hospitalier
DOI:
https://doi.org/10.22409/1984-0292/v33i2/47616Parole chiave:
congé médico-psychiatrique ; travail hospitalier ; santé mentale ; psychosociologie.Abstract
L’article présente les résultats d’une recherche qui porte sur l’analyse des congés médico-psychiatriques, suite à un diagnostic d’anxiété et/ou de dépression, chez les professionnels de la santé (infirmiers et travailleurs sociaux), fonctionnaires des hôpitaux publics. L’approche théorique est la psychosociologie, discipline qui articule expériences subjectives et rapports sociaux. La méthode des «histoires de vie professionnelle» permet une analyse des récits et de l’avènement du congé psychiatrique; six dimensions socio-cliniques ont été identifiées: (1) la fragilité psychosociale; (2) la hiérarchie dans le travail hospitalier; (3) la perte de l’acte pouvoir sur le travail; (4) la souffrance éthico-politique; (5) la régulation de la souffrance; (6) le retour à une nouvelle condition de travailleur. Selon les personnes interrogées, avant l’arrêt, le travail était un organisateur de vie et un espace d’insertion sociale important; après ce congé, suite au congé maladie, - le côté organisateur de l’existence n’est plus présent. D’autres dimensions commencent à opérer. Le congé maladie crée une rupture: les professionnels élaborent de nouveaux sens à leur vie et leur condition de travailleurs, et ce, suite à la façon dont ils ont été traités par les institutions de santé.
Downloads
Riferimenti bibliografici
BIBLIOGRAPHIE
ARAÚJO, J.N.G; CARRETEIRO, T.C.C.(org.) Cenários Sociais e abordagem clínica. São Paulo: Escuta; Belo Horizonte: Fumec, 2001.
AYRES, J.R. Ricardo Bruno: história, processos sociais e práticas de saúde. Rio de Janeiro: Ciência & Saúde Coletiva, vol. 20, n. 3, p. 905-912, 2015.
AZEVEDO, C. S.; BRAGA NETO, F. C. Indivíduos e a mudança nas organizações de saúde: contribuições da psicossociologia. Caderno de Saúde Pública, n.18, p. 235-247, 2002.
AZEVEDO, C. S.; SÁ, M.de C. Subjetividade, Gestão e Cuidado em Saúde. Abordagens da psicossociologia. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2013.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BARUS-MICHEL, J.; ENRIQUEZ, E.; LEVY, A. Dicionário de Psicossociologia. Lisboa: CLIMEPSI EDITORES, 2005.
BENDASSOLLI, P. F. Mal-estar no trabalho: do sofrimento ao poder de agir. Fortaleza: Revista Mal-Estar e Subjetividade, vol. X, n. 1, p. 63-98, 2011.
BERELSON, B. Analyse de contenu dans la recherche en communication. New York: Hafner; 1984.
BIERNACKI, P. & WALDORF, D. Snowball Sampling: Problems and techniques of Chain Referral Sampling. Sociological Methods & Research, vol. 02, p.141-163, 1981.
CARRETEIRO, T. C. O. C. Histoire ď une vie, historie ďune exclusion. México: Perfilies latinoamericanos, FLACSO, n° 21, p. 11-33, 2012.
CARRETEIRO, T. C. O. C.; BARROS, V. A. Clínicas do Trabalho: contribuições da Psicossociologia no Brasil. In: BENDASSOLLI P. F.; SOBOLL, L. A. (ORG) Clínicas do Trabalho: nova perspectiva para compreensão do trabalho na atualidade. São Paulo: Editora Atlas, 2011.
CARRETEIRO, T. C. O.C. A doença como projeto. In: SAWAIA, B. (org.) Artimanhas da exclusão. Análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Editora Vozes, 11 edição, p. 89-97, 2011.
CARRETEIRO, T. C. O. C. Sofrimentos sociais em debate. São Paulo: Revista de psicologia da USP, Editora USP, vol. 14, p. 57-72, 2004.
DENZIN,N. K.; LINCOLN, Y.S. (org.) Handbook of qualitative research. Londres: Editora Sage Publications, 1994.
EHRENBERG, A. La fatiga de ser uno mismo. Depresion y sociedad, Buenos Aires, Nueva Vison, 2000.
GAULEJAC, V. As origens da vergonha. Tradução de Maria Beatriz de Medina. São Paulo: Via Lettera Editora, 2006.
GAULEJAC, V.; HANIQUE, F. Le capitalisme paradoxant. Un système qui rend fou. Paris: Éditions du Seuil, 2015.
HOCHSCHILD, A. ; 1983, The managed Heart, Berkeley, University of California Press.
LHUILIER, D. Le “Sale Boulot”. Paris: Travailler, vol.14, p. 73-98, 2005.
LHUILIER. D. Introdução à psicossociologia do trabalho. São Paulo: Caderno de Psicologia Social do Trabalho, vol. 17, n.1, p. 5-19, 2014.
LHUILIER. D. Compétences émotionnelles: de la proscription à la prescription des émotions au travail. Paris: Psychologie du travail et des organisations, n.12, p. 91-103, 2006.
LHUILIER. D. A invisibilidade do trabalho real e a opacidade das relações saúde-trabalho. Belo Horizonte: Trabalho & Educação, vol. 21, n. 1, p. 13-38, 2012.
LHUILIER D. (2009). Travail du négatif, travail sur le négatif, Education permanente, 179, 2, 39-58.
MERCADIER, C. 2017, Le travail émotionnel des soignants à l’hôpital, Paris, Seli Arslan.
PIRES, D. Reestruturação Produtiva e trabalho em saúde no Brasil. São Paulo: Annablume Editora, 2008.
RAMOS, M.A.; TITTONI, J. & NARDI, H.C. A experiência de afastamento do trabalho por adoecimento vivenciada como processo de ruptura ou continuidade nos modos de viver. Rio de Janeiro: Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, vol.11, n. 02, p. 209-221, 2008.
TURATO E.R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas. Petrópolis: Vozes, 2013.
VEIL, Claude. Vulnérabilités au travail. Naissance et actualité de la psychopathologie du travail. Paris: Érès, 2012.
MENDEL, G. (1998). L’acte est une aventure. Paris : La Découverte.
PRADES, J. (2006). Sociopsychanalyse: pratique et théorie de l'actepouvoir. Hommage à Gérard Mendel. Nouvelle Revue de Psychosociologie, 1(1), 195-202.
TOSQUELLES, F. (2009). Le travail thérapeutique en psychiatrie. Toulouse: ERES.
STRAUSS A., FAGERHAUGH S., SUCZEK B. & WIENER C. (1982). The work of hospitalized patients. Soc. Sci. Med., n° 16, 977-986.
##submission.downloads##
Pubblicato
Versioni
- 2021-11-12 (3)
- 2021-11-12 (2)
- 2021-08-31 (1)
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2021 Danielle Vargas Silva Baltazar, Teresa Carreteiro, Dominique Lhuiier
TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Na medida do possível segundo a lei, a Fractal: Revista de Psicologia renunciou a todos os direitos autorais e direitos conexos às Listas de referência em artigos de pesquisa. Este trabalho é publicado em: Brasil.
To the extent possible under law, Fractal: Revista de Psicologia has waived all copyright and related or neighboring rights to Reference lists in research articles. This work is published from: Brasil.