Geopolítica, identidade cultural e a língua espanhola no contexto brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v11i20.46446

Resumo

Neste trabalho, busca-se refletir sobre a relação entre questões geopolíticas e identitárias e a língua espanhola no contexto brasileiro, bem como mostrar como o entrelaçamento destes elementos podem ser tratados na sala de aula sob uma perspectiva intercultural objetivando ensinar a língua, fomentar o conhecimento de história da América Ibérica e promover a aproximação do aluno brasileiro ao universo dos povos vizinhos. Para tanto, apoiamo-nos no conceito de geopolítica e o associamos às relações de poder para mostrar como estas influenciam o grau de importância atribuído às línguas. Defendemos que a abordagem destes componentes na sala de aula sensibiliza o aluno e o faz entender que o estudo de uma língua estrangeira deve transcender ideologias e contribuir para aproximar culturas, olhar para o mundo sob diferentes perspectivas e evoluir como ser humano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Cláudia de Jesus Machado, UFSCar

Departamento de Letras. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Linguística.

Rosa Yokota, UFSCar

Departamento de Letras. Doutora em Letras. Língua Espanhola e suas Literaturas

Referências

BAUMAN, Zygmunt. A cultura no mundo líquido moderno. Trad. de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

BRASIL. Lei nº 13.415. Dispõe sobre a reforma do ensino médio. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Seção 1. Brasília,17fev.2017. Disponível em: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=1&data=17/02/2017. Acesso em: 04 jun. 2020.

CORACINI, María José. A celebração do outro. In: CORACINI, Maria José (org.). Identidade e discurso: (des)construindo subjetividades. Campinas: Editora da UNICAMP ; Chapecó: Argos, 2003. p. 201–220.

DERVIN, Fred. Cultural identity, representation and othering. In: JACKSON, Jane. The Routledge Handbook of Language and Intercultural Communication. New York: Routledge, 2014. p. 181-194.

DIARIOS DE MOTOCICLETA. Direção: Walter Salles. Produção: South Fork Pictures e Tu Vas Voir Productions. Estados Unidos, Argentina, Brasil, Peru, Chile: Buena Vista International, 2004. 2h06min.

FIORIN, José Luiz. As relações de poder entre as línguas e a dimensão política de seu uso. In: BASTOS, Neusa Barbosa (org.). Língua portuguesa e lusofonia. São Paulo: EDUC, 2014. p. 51-66.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

IGLESIAS CASAL, Isabel. Construyendo la competencia intercultural: sobre creencias, conocimientos y destrezas. Carabela, n. 54, p. 5–28, 2003.

KUMARAVADIVELU, Bala. Problematizing Cultural Stereotypes. Tesol Quarterly, vol. 37 n. 4, p. 709-719, 2003.

MATOS, Doris. O professor de espanhol como agente intercultural e as articulações necessárias na elaboração de materiais didáticos. In: MATOS, Doris; PARAQUETT, Márcia (orgs.). Interculturalidade e identidades: formação de professores de espanhol. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 17–33.

MATTOS, Carlos de Meira. Geopolítica e modernidade: geopolítica brasileira. Rio de Janeiro: Bibliex, 2002.

PARAQUETT, Márcia. Questões imprescindíveis à formação de professores interculturais latino-americanos: o lugar da cultura de tradição oral e afrodescendente. In: MATOS, Doris; PARAQUETT, Márcia (orgs.). Interculturalidade e identidades: formação de professores de espanhol. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 73–99.

QUESADA, Sebastián. Imágenes de América Latina. Madri: Edelsa, 2001.

RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. Trad.de Maria Cecília França. São Paulo: Ática, 1993.

RAJAGOPALAN, Kanavillil. O ensino de línguas estrangeiras como uma questão política. In: MOTA, Kátia; SCHEYERL, Denise (orgs.). Espaços linguísticos: resistências e expansões. Salvador, EDUFBA, 2009. p. 57–82.

RODRIGUES, Fernanda dos Santos Castelano. Língua viva, letra morta: obrigatoriedade e ensino de espanhol no arquivo jurídico e legislativo brasileiro. Tese (Doutorado em Letras). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

SALOMÃO, Ana Cristina Biondo. O componente cultural no ensino e aprendizagem de línguas: desenvolvimento histórico e perspectivas na contemporaneidade. Trabalhos em Linguística Aplicada, vol. 54 n. 2, p. 361-392, 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0103-18134500150051. Acesso em: 26 jan. 2020.

SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2006.

SARMIENTO, Domingo Faustino. Facundo. Buenos Aires: Biblioteca Argentina, 1921.

SERRANI, Silvana. Discurso e cultura na aula de língua. Campinas: Pontes, 2005.

UNESCO. Investir na diversidade cultural e no diálogo intercultural. Relatório Mundial da UNESCO. 2009. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/dados/relatorios/r_edh/relatorio_unesco_cultura.pdf. Acesso em: 15 jun. 2020.

WENDT, Alexander. Social theory of international politics. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

Downloads

Publicado

2021-03-01

Como Citar

Machado, M. C. de J., & Yokota, R. (2021). Geopolítica, identidade cultural e a língua espanhola no contexto brasileiro. PragMATIZES - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura, 11(20), 386-405. https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v11i20.46446

Edição

Seção

Ensaios